AGENDA CULTURAL

5.5.12

Mudança radical na alimentação depois dos 50 anos



Por Ilana Ramos - www.maisde50.com.br


Muita coisa muda a partir dos 50 anos. No caso das mulheres, por exemplo, com a menopausa, a queda na produção hormonal pode fazer com que ela ganhe peso e se sinta mais cansada, com menos energia. E diante de tantas mudanças que ocorrem nessa fase da vida, por que a nossa alimentação deve permanecer a mesma de sempre? Especialista em Medicina Antienvelhecimento propõe uma revolução na pirâmide alimentar. De acordo com a médica, com a maturidade, nossas necessidades energéticas e de nutrientes mudam, e, por isso, aquilo que comemos diariamente deve se adaptar àquilo que precisamos.

A pirâmide alimentar clássica propõe a seguinte ordem de importância dos nutrientes que o nosso corpo precisa, de baixo pra cima: grãos e cereais integrais frutas, legumes e verduras leite, proteínas e leguminosas e, por último, lá no cume, açúcares, óleos e gorduras. No entanto, a médica Luciana Aun discorda que esse esquema deva ser igual para todos. "As pessoas com 50, 60 anos não devem ser tratadas no mesmo padrão das de 20. A redução hormonal que vem com a idade reflete na estabilidade do organismo. A pessoa que está na menopausa ou anausa precisa buscar na alimentação a energia que necessita para realizar as atividades diárias, e, por isso, proteína e carboidrato deve ter um peso maior na alimentação deles", defende.

A proposta de Luciana para uma dieta que promova mais energia e qualidade de vida para a população madura é a seguinte: "a base da dieta deve ser de água, de 1,5 a três litros por dia, para o ambiente do corpo ficar mais harmonioso. Depois, os carboidratos – tudo que não é proteína – com baixo índice glicêmico (que não se transformam em energia muito rápido, com muitos antioxidantes), como frutas vermelhas e folhas escuras, principalmente. E, então, as gorduras boas, como o azeite, atum, sardinha, aveia, linhaça, abacate. Aí entram as proteínas, que é tudo que vem dos animais, como leite, ovos, carne, peixe. Por último, as fibras insolúveis, que têm a digestão muito difícil, devem ser comidas em pouca quantidade e incluem os alimentos integrais, grãos e nozes".


No entanto, não basta seguir a dieta alimentar proposta. Como o objetivo é poupar energia para o corpo realizar as suas atividades, alimentos de fácil digestão devem ser priorizados. "Eu recomendo priorizar alimentos pastosos ou líquidos, que são de fácil digestão e podem incluir todos os nutrientes da cadeia. Sucos e vitaminas podem ser feitos com carboidratos (frutas, legumes e verduras) e gorduras boas (abacate, aveia). Você não consegue comer três laranjas, um cacho de uvas e uma beterraba ao mesmo tempo, mas se bater e fizer um suco, as consome com muito mais facilidade, não é mesmo? O mesmo para sopas e caldos. O caldo das carnes é rico em proteínas. Alimentos de fácil digestão economizam a energia que seria gasta nesse processo para que você possa utilizar nas outras atividades que cumpre diariamente", diz a especialista.

Na pirâmide de Luciana ainda entram a prática de atividade física e a meditação. "A prática de exercícios físicos deve ser diária e não ultrapassar os 30 minutos, para não entrar no metabolismo hormonal e ter seu propósito reduzido. A meditação eu incluí por ser importantíssima para a manutenção do equilíbrio do corpo. Não adianta nada fazer tudo certinho na alimentação se o corpo estiver estressado o dia inteiro e não se conseguir manter o relaxamento adequado. Existem muitos tipos de meditação, basta saber buscar aquele que mais se adequa aos seus interesses. No entanto, a meditação é, basicamente, imaginação. Deitado, relaxe o corpo e imagine que, a cada expiração, as coisas ruins estão saindo do seu corpo e, a cada inspiração, coisas boas estão entrando. O corpo é simples e sábio. A gente só precisa entendê-lo", conclui a médica.

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