AGENDA CULTURAL

13.7.12

Araçatuba Shopping Center perdeu a sua livraria


Livaria Nobel de Araçatuba
 Infelizmente, o Araçatuba Shopping Center perdeu a sua livraria. E shopping center sem uma loja cultural vira uma galeria, mas isso é problema da empresa proprietária. 

Segundo Pedro Flávio, um dos donos da franquia Nobel de Araçatuba, a saída do shopping foi até bom, porque o araçatubense não frequenta muito aquele lugar. "Lá a maioria dos visitantes da livraria eram da região. Aqui no novo endereço, na rua Cussy de Almeida, os moradores de Araçatuba que gostam da leitura de livros estão voltando" - disse Pedro Flávio.  Apesar disso, a Nobel quer continuar com o apoio do leitor da Noroeste.
 Solenidade de lançamento do novo shopping 
no auditório da Prefeitura de Araçatuba

Dinamar, esposa de Pedro Flávio, disse que a Nobel não é apenas uma livraria, é um espaço cultural, por isso recebeu o Troféu Odette Costa em 2012 outorgado pela Secretaria Municipal de Cultura na categoria "espaço cultural". Ambos não quiseram dizer detalhes dos motivos da saída do shopping, apenas alegaram problemas de aluguel.
Logo, Araçatuba terá mais shoppings, como já anunciou o prefeito Cido Sério (PT) em solenidades com as respectivas empresas.
Projeção do novo shopping na rotatória 
da av. Waldemar Alves com a João Arruda Brasil

Abaixo, fotos e textos de um leitor anônimo, colaborador deste blog,  numa de suas visitas à Nobel de Araçatuba. 

Livraria Nobel volta ao seu primeiro endereço. São 260m² de leitura

A franquia Nobel está de volta a sua primeira casa em Araçatuba. Em 2003, a livraria se instalou na rua Cussy de Almeida, 1071 juntamente com a locadora “Mania Filmes”. Em 2005, transferiu-se de lá para outro lugar.

Sendo uma franquia criada por uma família de judeus e que atualmente está em sua terceira geração, hoje a marca expandiu-se para além da leitura. Livraria, papelaria  e presentes, brinquedos, videolocadora e cafeteria. Segundo a proprietária Dinamar Barbosa Proto a Nobel é extremamente conhecida em todo o Brasil por ser uma empresa que trabalha praticamente com todas as editoras. “A franquia Nobel é bem conceituada e já conquistou a confiança de todos, pois trabalha com praticamente todas as editoras, por isso as vantagens são maiores, tanto para os franquiados como para os clientes”, afirma Dinamar.
Café na livraria
 O novo local, segundo Pedro Flávio, proprietário e marido de Dinamar, deixou o ambiente mais aconchegante. “Este espaço não é menor do que o o anterior. Muito pelo contrário, atualmente é oferecido um espaço de 260m². Bem maior do que os antigos 190m²”. A diferença, segundo Pedro, é que resolveram deixar os títulos mais próximos. A estrutura atual permite isso. O café ficou mais próximo dos títulos que que permite os leitores escolher o livro, iniciar sua leitura, tomar um dos vários tipos de cafés e ainda colocar a conversa em dia ou até mesmo trocar idéias sobre o universo da leitura. É um verdadeiro ponto de encontro cultural, além de outras opções que são oferecidas, há os setores de presentes e vídeos,  com  os lançamentos em DVDs e bluray.
Dinamar

O universo da literatura é vasto, vários autores e títulos chamam a atenção dos leitores. Dos livros mais densos até os mais leves, mas nenhum que não desperte a atenção de quem tem o hábito da leitura. A proprietária da Nobel fez questão de chamar a atenção para os infantis. “Os livros infantis não são como antigamente, hoje existem tantas formas de fazer a criança se apaixonar pela leitura que surpreende!”. 
Pedro Flávio

A mais pura verdade! Em alguns títulos a criança pode “literalmente” interagir com o livro. “Sons do Oceano” é um exemplo, ao abrir o livro sons do mar, baleia e etc já começam a ser reproduzidos. Já o livro “Palácio da Princesa Sereia” se transforma em um castelo onde a própria criança conta sua história. Claro, além dos títulos infantis, os adultos fazem parte da prateleira. É uma “imensidão de títulos” em que as pessoas poderão encontrar um livro de acordo com sua preferência. As prateleiras foram distribuídas de forma a acomodar os livros distribuídos por autores e categorias.
Videoteca
 De volta ao seu primeiro endereço, com o espaço totalmente adaptado, a Livraria Nobel e a Mania Filmes formam agora um ambiente quase completo. O “quase” é de responsabilidade de quem encontra na boa leitura e no filme o prazer de uma opção sadia, transformando aquele espaço em seu ponto de encontro permanente.

Livraria Nobel / Mania Filmes
Av. Cussy de Almeida, 1071
Fones: 3625.9394 / 3624.2255

3 comentários:

Samuel disse...

Puxa, mas que merda.

ESTACÃO BRASIL (UP GRADE) disse...

Olá
Gostaria de deixar aqui um opinião, não é necessariamente uma VERDADE ABSOLUTA, mas é algo que venho percebendo e creio que não há como negar. Assim com de uns anos para cá está acontecendo com a indústria fonográfica e mídia em geral (CD e DVDs) a edição e venda de materiais gráficos, com o advento da WEB e o compartilhamento de arquivos entre usuários, tende realmente a diminuir consideravelmente. Eu particularmente defendo a ideia da manutenção deste compartilhamento e de modo algum defendo os direitos autorais neste caso. Sou francamente a favor do COMPARTILHAMENTO SEM ÂNIMO DE LUCRO. Estou entrando neste assunto, por que vejo, tanto na área cultural quanto na área científica e pesquisa, uma supremacia qualitativa da ERA DIGITAL/INTERNET sobre a produção "física" de livros e Cds.
Antes da WEB, tínhamos imensas dificuldades de encontrar livros e discos por exemplo, não só pela raridade mas também por conta da "censura econômica e ideológica" que as gravadoras, produtoras e editoras exercem invariavelmente. Para se ter uma ideia, hoje um escritor ou músico do outro lado do mundo, totalmente desconhecido produz uma obra e se usar os canais corretos de divulgação como "tags" já aparece nos sites de busca...O mesmo obviamente não acontece com livros e mídia "física"...Somos capaz de elaborar uma tese ou revisão bibliográfica de alta importância científica sem sair da porta de nossa casa... Ler grandes e "pequenos" autores sem sair de nosso quarto...Claro que tem todo o aspecto "romântico" e pitoresco das livrarias e bibliotecas...Mas, na opinião torna-se-ão (se já não são) apenas locais com funções lúdicas, adquirindo atributos como as de um museu nos moldes antigos, até por que os museus hoje em dia também estão abrindo perspectivas virtuais..

Patrícia Bracale disse...

Novo endereço, q/ venham novos clientes tbém.