AGENDA CULTURAL

12.7.14

Queima do alho na sede da Secretaria Estadual de Cultura - São Paulo


Jornal "Monte Alto Agora"

A AGCIP organizou uma queima do alho aos funcionários da Secretaria de Estado da Cultura nesta sexta-feira, 11, em São Paulo, em parceria com a associação Os Independentes.

O objetivo foi mostrar um pouco da história daqueles que ajudaram a desenvolver a sociedade, economia, cultura desse país, dar conhecimento e sensibilizar as autoridades presentes sobre o processo aberto para registro e reconhecimento da queima do alho como Patrimônio Imaterial no CONDEPHAAT. 

Foram servidos quase 300 pratos da queima do alho; além do almoço acompanhou a manifestação da queima do alho por meio de violeiros e berranteiro. "Os presentes sentiram um pouco da cultura caipira e da riqueza do interior paulista. É muito importante para os defensores da valorização da cultura caipira, pois há o processo em andamento para registro da queima do alho como Patrimônio Imaterial”, destacou o presidente da AGCIP, Edemilson José do Vale "Sete".

João Paulo Martins e Dorival Gonçalves, que há 40 anos comandam o concurso da queima do alho na Festa do Peão de Barretos, prepararam o almoço. Dorival ainda tocou berrante e entreteve os participantes assim como Guilherme Tenório (violeiro) e Jota Carvalho (poeta).

Sobre a queima do alho
Era o alimento preparado para os peões que marchavam pelos “estradões” do Brasil com as boiadas. Com esse preparo há outras manifestações culturais do povo caipira em consonância, como o toque do berrante, catira e a moda de viola. Quando paravam para comer, ou queimar o alho, os peões praticavam os mais diversos fazeres culturais, tais como: moda de viola, contação de causos, jogo de baralho, dança do catira, montarias em burros xucros (provavelmente a origem do nosso rodeio) e outras manifestações. A queima do alho está presente na cultura caipira desde as últimas décadas do século19 (com o início do ciclo das boiadas) e vem se mantendo ao longo dos séculos com força e respeito às tradições, isso graças à força que ela exerce ainda sobre as populações urbanas.

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