AGENDA CULTURAL

14.10.15

Morreram dois araçatubenses queridos

Não eram meus amigos, eram conhecidos, mas ouvia falar muito bem deles. Entre Bié e Araçatuba Clube são partes da mesma história. 

Tive relacionamento mais amiúde com Bié com a ação da transferência dos paineis do artista Franco da Sermide da antiga sede do clube, já demolida, para a atual. 

Amarildo também era do setor de festas, gastronomia (proprietário de bifê). Tive mais contatos com o pai, Sr. José de Souza. 

Defeitos? Todos temos. E virtudes também. Lembremos destas e nos esqueças daqueles.

JORNAL "O LIBERAL", 14/10/2015

Morre o professor Bié, aos 67 anos, propulsor do tênis em Araçatuba

Morreu na manhã desta segunda-feira (12) em Araçatuba, o professor de tênis Severino Garcia Figuerôa, o Bié, aos 67 anos de idade. Segundo apurou a reportagem, Bié teria sofrido um infarto fulminante enquanto estava em sua casa. Uma funcionária da residência foi quem encontrou o professor já sem vida. O sepultamento foi nesta terça-feira (13), às 14h, no Cemitério da Saudade. Bié foi um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da prática do tênis em Araçatuba, se dedicou ao esporte por mais de 50 anos.

HISTÓRIA
Bié começou como pegador de bola no Araçatuba Clube (AC), do qual foi presidente. De "gandula", passou a jogador renomado, técnico e incentivador da modalidade. É o único tenista de Araçatuba com medalha de ouro em Jogos Abertos do Interior (JAIs).

Ele começou em 1956 como pegador de bola no AC, onde o pai, "Chico do Tênis", era zelador. O comerciante Oscar Saito (in menorian) viajava pela região para jogar e com a permissão de "seo" Chico levava o garoto Severino. O pegador de bola se transformava em carregador de bagagens e, como já manejava bem a raquete, era também "sparring" do japonês.

Nos anos 1950, além de Saito, os tenistas de Araçatuba eram Pedro Storti, Osvaldo Faganello, Nestor Maccagnan (todos já falecidos), Ernesto Castro Kohl, Hélio Mitidieri, Roberto Manarelli e Sílvio Rocha. Entre as mulheres, Dione da Silva e as irmãs Ceci e Euzi Carvalho. Faganello foi grande incentivador do tênis.

Da "geração Bié" (1960/70), são Roberto Cardilli, Osvaldinho Cintra, Daniel Giamussi, João Pedro de Arruda Soares, entre outros. O filho de "Chico do Tênis" foi o único a assumir o esporte como profissão. Aos 13 anos, disputou o Campeonato Brasileiro infanto-juvenil, do qual foi vice-campeão em duas oportunidades no clube Pinheiros, em São Paulo (1960/61). Em 1960, foi derrotado na final e no ano seguinte por motivo de doença perdeu por W.O.

Ele venceu todas as edições dos Jogos Regionais (JRs) que disputou, desde que a competição se chamava Jogos Noroestinos. Foram ao menos 20 medalhas de ouro em JRs. Bicampeão em Jogos Abertos do Interior (1990/91), Bié é o único araçatubense com medalha de ouro nesta competição, uma das mais difíceis porque há muitos anos os municípios ricos contratam atletas de alto rendimento para representá-los. De 1960 a 2004, ele colecionou títulos do Paulista e do Troféu Bandeirantes (antiga competição organizada pelo governo do Estado).

Araçatuba se despede do empresário Amarildo Souza

Morreu na tarde desta segunda-feira (12) em Araçatuba o empresário Amarildo de Souza, aos 51 anos. Ele era proprietário do Buffet J. Souza. De acordo com a informação de familiares, Amarildo passava o feriado reunido com parentes quando sofreu um infarto. Chegou a ser socorrido, mas faleceu na Santa Casa.

O velório teve início na noite de segunda-feira (12) no Memorial Laluce, o sepultamento aconteceu às 10h da manhã desta terça-feira (13) no cemitério vertical localizado também no memorial.

Pessoa de muitos amigos, Amarildo era apaixonado pela vida e por Araçatuba. Desde muito jovem começou a trabalhar com o pai, José Souza, no Buffet J.Souza. Foram décadas de muito trabalho, não apenas em Araçatuba, como em muitos eventos sociais em várias cidades da região. O Buffet J. Souza, graças ao profissionalismo da família, se transformou em sinônimo de sucesso.

Amarildo acompanhou por muitos anos o pai e depois assumiu o controle do buffet, mantendo a mesma excelência no atendimento e no trato com os clientes.

Com jornada de trabalho em horários excepcionais, Amarildo encontrava tempo para um passeio pelo Rio Tietê e para a prática esportiva, principalmente o futsal, seja como jogador ou juiz. Amarildo tinha outro hoby, as artes plásticas.

Na cozinha, ele se desligava entre os muitos pratos que gostava de cozinhar e elaborar. Mas, entre telas e tintas, ele se desligava e mergulhava em um mundo de cores. Era vida.

A morte de Amarildo surpreendeu muitas pessoas. Em redes sociais, amigos e clientes manifestaram o pesar pelo seu falecimento. (Colaboração Antônio Crispim)

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