Não eram meus amigos, eram conhecidos, mas ouvia falar muito bem deles. Entre Bié e Araçatuba Clube são partes da mesma história.
Tive relacionamento mais amiúde com Bié com a ação da transferência dos paineis do artista Franco da Sermide da antiga sede do clube, já demolida, para a atual.
Amarildo também era do setor de festas, gastronomia (proprietário de bifê). Tive mais contatos com o pai, Sr. José de Souza.
Defeitos? Todos temos. E virtudes também. Lembremos destas e nos esqueças daqueles.
JORNAL "O LIBERAL", 14/10/2015
Morre o professor Bié, aos 67 anos, propulsor do tênis em Araçatuba
Morreu na manhã desta segunda-feira (12) em Araçatuba, o
professor de tênis Severino Garcia Figuerôa, o Bié, aos 67 anos de idade.
Segundo apurou a reportagem, Bié teria sofrido um infarto fulminante enquanto
estava em sua casa. Uma funcionária da residência foi quem encontrou o
professor já sem vida. O sepultamento foi nesta terça-feira (13), às 14h, no
Cemitério da Saudade. Bié foi um dos principais responsáveis pelo
desenvolvimento da prática do tênis em Araçatuba, se dedicou ao esporte por
mais de 50 anos.
HISTÓRIA
Bié começou como pegador de bola no Araçatuba Clube (AC), do
qual foi presidente. De "gandula", passou a jogador renomado, técnico
e incentivador da modalidade. É o único tenista de Araçatuba com medalha de
ouro em Jogos Abertos do Interior (JAIs).
Ele começou em 1956 como pegador de bola no AC, onde o pai,
"Chico do Tênis", era zelador. O comerciante Oscar Saito (in
menorian) viajava pela região para jogar e com a permissão de "seo"
Chico levava o garoto Severino. O pegador de bola se transformava em carregador
de bagagens e, como já manejava bem a raquete, era também "sparring"
do japonês.
Nos anos 1950, além de Saito, os tenistas de Araçatuba eram
Pedro Storti, Osvaldo Faganello, Nestor Maccagnan (todos já falecidos), Ernesto
Castro Kohl, Hélio Mitidieri, Roberto Manarelli e Sílvio Rocha. Entre as
mulheres, Dione da Silva e as irmãs Ceci e Euzi Carvalho. Faganello foi grande
incentivador do tênis.
Da "geração Bié" (1960/70), são Roberto Cardilli,
Osvaldinho Cintra, Daniel Giamussi, João Pedro de Arruda Soares, entre outros.
O filho de "Chico do Tênis" foi o único a assumir o esporte como
profissão. Aos 13 anos, disputou o Campeonato Brasileiro infanto-juvenil, do
qual foi vice-campeão em duas oportunidades no clube Pinheiros, em São Paulo (1960/61).
Em 1960, foi derrotado na final e no ano seguinte por motivo de doença perdeu
por W.O.
Ele venceu todas as edições dos Jogos Regionais (JRs) que
disputou, desde que a competição se chamava Jogos Noroestinos. Foram ao menos
20 medalhas de ouro em JRs. Bicampeão em Jogos Abertos do Interior (1990/91),
Bié é o único araçatubense com medalha de ouro nesta competição, uma das mais
difíceis porque há muitos anos os municípios ricos contratam atletas de alto
rendimento para representá-los. De 1960 a 2004, ele colecionou títulos do
Paulista e do Troféu Bandeirantes (antiga competição organizada pelo governo do
Estado).
Araçatuba se despede do empresário Amarildo Souza
Morreu na tarde desta segunda-feira (12) em Araçatuba o
empresário Amarildo de Souza, aos 51 anos. Ele era proprietário do Buffet J.
Souza. De acordo com a informação de familiares, Amarildo passava o feriado
reunido com parentes quando sofreu um infarto. Chegou a ser socorrido, mas
faleceu na Santa Casa.
O velório teve início na noite de segunda-feira (12) no
Memorial Laluce, o sepultamento aconteceu às 10h da manhã desta terça-feira
(13) no cemitério vertical localizado também no memorial.
Pessoa de muitos amigos, Amarildo era apaixonado pela vida e
por Araçatuba. Desde muito jovem começou a trabalhar com o pai, José Souza, no
Buffet J.Souza. Foram décadas de muito trabalho, não apenas em Araçatuba, como
em muitos eventos sociais em várias cidades da região. O Buffet J. Souza,
graças ao profissionalismo da família, se transformou em sinônimo de sucesso.
Amarildo acompanhou por muitos anos o pai e depois assumiu o
controle do buffet, mantendo a mesma excelência no atendimento e no trato com
os clientes.
Com jornada de trabalho em horários excepcionais, Amarildo
encontrava tempo para um passeio pelo Rio Tietê e para a prática esportiva,
principalmente o futsal, seja como jogador ou juiz. Amarildo tinha outro hoby,
as artes plásticas.
Na cozinha, ele se desligava entre os muitos pratos que
gostava de cozinhar e elaborar. Mas, entre telas e tintas, ele se desligava e
mergulhava em um mundo de cores. Era vida.
A morte de Amarildo surpreendeu muitas pessoas. Em redes
sociais, amigos e clientes manifestaram o pesar pelo seu falecimento.
(Colaboração Antônio Crispim)
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