"Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil" - tema do Exame Nacional do Ensino Médio de 2017 (Enem).
Hélio Consolaro*
Lecionei Redação por muito tempo para vestibulandos, até 2008. Os alunos querem que o professor adivinhe o tema, às vezes, o professor até acerta e vira um herói na escola.
Na década passada, o Enem não era tão forte, então o professor tinha que preparar os alunos para o vestibular de cada universidade, ou melhor, treiná-los, adestrá-los. Principalmente nas aulas particulares. Adivinhar muitos temas.
Como atualmente não estou mais no meio, perdi o contato, não estou muito informado sobre a polêmica dos direitos humanos na redação do Enem, mas ouvi, li alguma coisa e até assisti a debates sobre o tema na televisão.
Professores que trabalham com libras, entidades que trabalham com a deficiência auditiva adoraram o tema, pois é uma oportunidade para conscientizar as pessoas sobre os problemas de uma minoria.
Com certeza, os vestibulandos odiaram, pois foi um tema muito específico e exame é um procedimento muito sério, que decide a sorte do estudante, para ser meio de divulgação.
Os professores de Redação incentivam o aluno a ler jornais, revistas, assistir a debates na TV, ou seja, que ele tenha informações gerais. Afinal, o vestibulando tem aproximadamente 17 ou 18 anos, é um adolescente, não é um pedagogo, não tem formação específica para tanto.
Para quem não queria direitos de minoria no exame, aparentemente foi atendido, mas na verdade os surdos são minoria na sociedade brasileira: 10 milhões. Não sei se foi uma forma de a banca examinadora enganar a onda conservadora que permeiam o nosso meio.
Nessa briga toda, quem ficou prejudicado foi o estudante com tema tão específico. Afinal, quantos tinham lido ou estudado a questão da formação educacional do surdo? O tema é bom para redação de concurso de professores.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras
Hélio Consolaro*
Lecionei Redação por muito tempo para vestibulandos, até 2008. Os alunos querem que o professor adivinhe o tema, às vezes, o professor até acerta e vira um herói na escola.
Na década passada, o Enem não era tão forte, então o professor tinha que preparar os alunos para o vestibular de cada universidade, ou melhor, treiná-los, adestrá-los. Principalmente nas aulas particulares. Adivinhar muitos temas.
Como atualmente não estou mais no meio, perdi o contato, não estou muito informado sobre a polêmica dos direitos humanos na redação do Enem, mas ouvi, li alguma coisa e até assisti a debates sobre o tema na televisão.
Professores que trabalham com libras, entidades que trabalham com a deficiência auditiva adoraram o tema, pois é uma oportunidade para conscientizar as pessoas sobre os problemas de uma minoria.
Com certeza, os vestibulandos odiaram, pois foi um tema muito específico e exame é um procedimento muito sério, que decide a sorte do estudante, para ser meio de divulgação.
Os professores de Redação incentivam o aluno a ler jornais, revistas, assistir a debates na TV, ou seja, que ele tenha informações gerais. Afinal, o vestibulando tem aproximadamente 17 ou 18 anos, é um adolescente, não é um pedagogo, não tem formação específica para tanto.
Para quem não queria direitos de minoria no exame, aparentemente foi atendido, mas na verdade os surdos são minoria na sociedade brasileira: 10 milhões. Não sei se foi uma forma de a banca examinadora enganar a onda conservadora que permeiam o nosso meio.
Nessa briga toda, quem ficou prejudicado foi o estudante com tema tão específico. Afinal, quantos tinham lido ou estudado a questão da formação educacional do surdo? O tema é bom para redação de concurso de professores.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras
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