Um abraço, um beijo, um olhar compreensivo, um tempo para ouvir e entender o outro é caridade, e pode ser exercida todos os dias. (Ana Cerqueira)
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Às vezes, as pessoas discutem acaloradamente a questão dos direitos humanos, alguns a favor outros contra sob o prisma da ideologia. Tais direitos se resumem numa só palavra: respeito. Não precisa teorizar tanto e criar antagonismos, pois, afinal, somos todos humanos.
A humanidade é uma manada perdida num planeta também perdido num espaço infinito. Diante de tal grandeza, somos vermes, mas um quer ser mais do que o outro, e não nos unimos nessa caminhada errante.
Alguém pode responder: "Eu não estou perdido, tenho Jesus!" Isso é uma questão de fé. Com fervor ou sem ele, cada um de nós é uma formiga moradora de um trem do metrô, que nem sabe onde ela está.
O maior ato de caridade de um cristão (que fala tanto em santidade) é aceitar o outro como ele é. Podemos mudá-lo, mas no acolhimento, quando for preciso, um arrocho.
Cada pessoa é única, somos diferentes um do outro. O que uma pessoa faz com facilidade, a outra não consegue, tem dificuldade. É impossível um professor ensinar igual para os 25 alunos de uma classe. O ensino deve ser em grupo, mas a assistência, individualizada.
Parece que escrevo sobre o óbvio, mas a evidência nem sempre acontece em nossa vida. Há muita gente querendo mudar o outro à base da força, do sofrimento. A chave da mudança está dentro de cada um.
A família (incluo na família a religião) e depois a escola são as primeiras responsáveis pela formação de pessoas saudáveis, caridosas. O grupo familiar pode dar bons ou maus exemplos, demonstrando boas atitudes, formando gente ou monstro.
Quem está precisando de ler este texto sou eu mesmo. Não quero dar conselhos a ninguém, apenas faço um solilóquio que divido com você, caro leitor.
Um comentário:
Mestre Vc é demais
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