Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Não sei se o leitor percebeu que o presidente das nações passaram a fazer pronunciamentos à nação. O Trump é um deles. Não desistiram das redes sociais, mas não estão lhes dando tanta importância. Parece que mandar o vírus para pôr ordem no galinheiro.
Eles mesmos mentiram tanto pelo zap, live e tuíter, emitiram muitas fake news que a credibilidade deles caíram para 12%. O jornalismo venceu a pós-verdade, ninguém mais fala em terraplanismo. E esse fenômeno é mundial.
TV e jornal escrito voltaram a ser os meios mais confiáveis dos brasileiros. O projeto retrô da vovó de ter todos da família na sala vendo o Jornal Nacional se tornou realidade.
O assunto único do momento fez com que os diversos televisores na casa se tornassem inúteis, porque o foco é o mesmo, o multiface diminui de intensidade. O nosso horário noturno voltou a ser regulado pelo Jornal Nacional, antes ou depois dele.
Os jornalismo eliminou alguns programas da grade de programação, como Ana Maria Braga e Fátima Bernardes. Notícias dão ibope. E quanto menos histriônico for o telejornal, maior a credibilidade. Podem ser até chatos, essa característica dá a aura de seriedade.
O humor em áudio, quase um podcast ligeiro, migrou para o zap e está fazendo um grande sucesso nos celulares, uma forma de enfrentar o coronavírus com mais comédia e menos tragédia. E são quase todos anônimos.
A vítima deles é cotidiano da quarentena e os velhos passeando pelas ruas. Se tivessem vivos, José Vasconcelos, Charutinho, a dupla Vitório e Marieta, Barnabé estariam de volta.
Outro fato interessante é que os refratários ao celular estão percebendo o valor do bichinho, pois os avós querem ver vídeos do netos, estão ansiosos para baterem papo com suas gracinhas.
Então, depois que tudo isso acabar, se o Consa não for antes, tenho certeza de que o mundo vai ser outro. A pós-modernidade vai virar pós-corona.
Um comentário:
Exatamente Consa. E os incrédulos pessimistas descobriram que os joelhos não são apenas para ralar e servir de alavanca para as pernas. Ajoelha e reza!
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