Em tempos
de pandemia, precisamos ter muita esperança que vai melhorar, nada melhor ter
fé, acreditar em um ser superior, através da religiosidade ou da
espiritualidade, e para os ateus convictos, não tendo crença numa divindade,
com certeza têm grandes propósitos nobres para manter a pulsão em viver, como
família, amigos, poesia, filosofia, natureza. Para colaborar, fizemos algumas
pesquisas para trazer um tema de importância na atualidade.
Estudos
comprovam que ter algum tipo de crença religiosa ou espiritual faz bem à saúde,
aumentando a qualidade de vida, a longevidade e até mesmo a velocidade com que
se recupera de doenças. Pessoas de fé também são, no geral, mais felizes,
otimistas e têm mais esperança no futuro. Centenas de estudos científicos ao
longo dos anos mostram esses benefícios.
Mas é aí que
a ciência termina. Ao menos por enquanto. É possível medir os efeitos da fé e
da espiritualidade, a maneira como são processadas no organismo, no cérebro.
Mas não é possível provar nada sobre o objeto – ou os objetos – da fé.
Estatísticas variam, mas algo entre 85% e 98% da população mundial acredita em
Deus ou algum tipo de força superior, apesar da impossibilidade de comprovar
sua existência de forma categórica.
Essa é a
própria definição de fé: acreditar em alguma coisa contra todas as evidências.
A crença
religiosa é tão prevalente que há quem defenda que fomos programados para isso,
como disse o jornalista britânico Nicholas Wade, em seu livro O Instinto da Fé,
ele defende de que o comportamento religioso inscreveu-se em nosso sistema
neural há mais de 50 mil anos, por meio da evolução da espécie.
Seja por via
da evolução ou não, a espiritualidade é um anseio de todos nós por algo
transcendente. Já a religiosidade é algo mais específico: é a organização da fé
em um sistema de crenças. Rituais, preceitos, como rezar, o que não fazer, tudo
isso no campo religioso. As religiões fazem parte da cultura e, assim servem
também para expor a visão do mundo de determinado grupo ou sociedade.
Viver mais
e melhor: o psiquiatra americano Harold Koenig é um especialista mundial na
relação entre a fé e saúde. Em seu livro Medicina, Religião e Saúde, comenta
que pessoas que frequentam algum culto religioso ao menos uma vez por semana têm
40% menos chances de desenvolver hipertensão e 29% mais chances de viver mais,
em um comparativo com as que não vão a qualquer tipo de rito.
Essas
pessoas têm, em média uma tendência três vezes maior a ver o lado bom das
coisas, e têm menor probabilidade de desenvolver depressão. Pessoas que seguem
alguma crença vivem mais, são mais felizes e têm mais recursos internos para
lidar com doenças graves.
Por fim, o que se sabe é que esses benefícios têm a ver
com três fatores: o primeiro é a influência das religiões na adoção de hábitos
saudáveis; o segundo é o apoio social, maior entre aqueles que participam de
uma comunidade religiosa; e o terceiro é o valor que a pessoa atribui à crença
em si, o que lhe dá maior senso de propósito e força para enfrentar as adversidades.
*Gervásio Antônio Consolaro, ex-delegado regional tributário do estado, agente fiscal de Rendas aposentado. Assessor executivo da Prefeitura de Araçatuba, administrador de empresas, contador, bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Tributário .
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