Quatro anos após o massacre, jovens noruegueses voltam a Utoya |
Nunca imaginava que ia chegar a saborear esta fase de minha vida em que meu neto me sugerisse um filme. Vi, gostei e estou fazendo uma resenha em forma de crônica no meu blog. Trata-se "22 julho", 2018, dublado. Sempre aparece alguma obra em cujo título há um numeral: 1984, por exemplo.
Outro fato interessante. Apesar de eu ser assinante da Netflix, fujo dos filmes produzidos por ela. E "22 de julho" o é. Como foi sugestão do neto, rompi com minha caturrice. E não é que foi bom! Ficou provado mais uma vez que o preconceito não faz bem.
Ha muito não via um filme. Sou meio de lua: assisto a muitos, depois me esqueço deles por meses. Alguém me faz uma sugestão, volta a febre diante da televisão.
O filme é baseado num fato real: conta a história do atentado de 22 de julho de 2011, na Noruega. Daí o título. A personagem fundamentalista (leia-se extrema-direita) Anders Behring Breivik planejou dois ataques, que resultou na morte de 75 pessoas, muitas delas crianças.
A personagem que mais me impressionou foi o advogado do terrorista Geir Lippestad que, apesar de ser de ideologia contrária ao réu Anders Behring Breivik, defendeu quando foi escolhido para tal. Isso me fez lembrar o advogado brasileiro Sobral Pinto, já falecido, que defendia todos os comunistas durante a ditadura militar, embora discordasse deles. Isso se chama ser democrata, um advogado íntegro.
"22 de julho" reforça a tese de que é possível a democracia enfrentar os nazistas, fascistas e coisas e tais sem abrir mão de seus princípios. O Brasil passa por essa experiência.
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