O eleitor fanático, seja ele de esquerda ou de direita, tem o mesmo perfil de quem acredita em Papai Noel. A gente percebe que não está levando vantagem, mas precisa de ter um imbecil para chamar de seu. O eleito faz tudo ao contrário, assim mesmo o fanático arruma desculpas. "Coitado, deixa o homem trabalhar."
Se o fazendeiro é contra a reforma agrária, ele faz campanha por um candidato que tenha propostas conservadoras, nada de democratizar a propriedade da terra. Ele está defendendo seus interesses. Mas fazendeiros são poucos, não elege ninguém, mas se é assim, como no Congresso Nacional a maioria dos parlamentares são contra a reforma agrária. Por quê? O eleitor pobre não tem nada, só o voto dele vale alguma coisa nas eleições, então ele troca esse tesouro por mixaria. Nem sabe por que vota. Vota contra seus interesses.
Tenho alguns amigos que foram Bolsodoria, agora são apenas Bolsonaro ou Doria. Uma porcaria a menos. E eles se pegam como gato e cachorro. Este cronista que votou no Haddad vive dando risada na cara desse povo. Meu candidato perdeu, mas ganhei o voto, porque confiava e confio no meu candidato. Meus amigos votaram em candidatos vencedores, mas perderam o voto, porque fazem tudo ao contrário, embora alguns continuam brigando por eles. É igual torcer para time ruim. É o sujo falando do mal-lavado.
Em Palmas, estado de Tocantins, andam esparramando na cidade de outdoor contra o Bolsonaro, o tal do "pequi roído"; em Araçatuba-SP, o malhado é o Dória com o tradicional "Fora Dória", e o prefeito Dilador Borges vai a reboque, já que continua ao seu lado.
Conheço pequi, a marca registrada do povo goiano. Dizer que o sujeito vale menos que um pequi roído é uma desfeita muito grande. Para o pequi, claro.
E assim os dois enganam o povo encenando uma briga entre si, fazendo uma cortina de fumaça. Na verdade, os dois juntos não valem o que um gato enterra, ou seja, merda. Bolsonaro chamou Doria de vagabundo; o governador paulista, que tem um cérebro melhorzinho, pede-lhe calma e responde que o Butantan fabrica a vacina antirrábica e que vai aplicá-la no Bozo. Na minha época de moleque, as brigas eram mais animadas.
Enfim, é melhor a cada eleição ter uma anta para a gente escolher na hora de votar do que ser governado por alguém imposto pela força. A democracia, pelo menos, nos permite a escolha, nem sempre perfeita. Vamos trocando seis por meia dúzia, e assim caminha a humanidade.
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