Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Viajei muito com o perueiro Mané até Penápolis, para fazer faculdade lá, fiz isso por dois anos. Isso foi em 1969-70, motor da combi era fraquinho, na subida de Coroados, rodovia Marechal Rondon, pista simples, o motor gemia com os 12 passageiros.
Ela foi apelidada de "Jesus me chama", pois era costume, em acidentes com a combi VW 1.200, não sobreviver nenhum passageiro.
Nas primeiras notícias da tragédia na cidade de Capitólio-MG, vi que a lancha onde estavam as dez vítimas tinha o nome de Jesus. Lembrei-me da perua combi.
Por que aquela lancha batizada com o nome de Jesus foi escolhida para receber o impacto do paredão descolado? Você, caro leitor, vai me dizer que foi por acaso; mas o acaso, às vezes, tem causas desconhecidas.
Será que os seu dono usou o santo nome para veículo mundano? Não usar o nome de Deus (ou filho dele) em vão, diz o mandamento.
Naveguei pela internet, sem me afogar, e descobri no jornal O Tempo (MG) alguns detalhes da tragédia. A família vítima (dez mortos), antes de embarcar, trocou de balsa para veranear com uma balsa mais segura: Vamos com Jesus! E zarparam. O marketing deu certo.
Dessa vez Jesus chamou mesmo!
2 comentários:
NaveguEI pela Internet, sem Se afogar...não entendi
Consertei.
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