Nossas formas habituais de responder a determinados tipos de desafios
sempre que eles se repetem tendem a se enraizar: entramos no que nos psicólogos
chamam de modo de “autorresposta”. Aceitamos o desapontamento nos
relacionamentos. Tendo vivido uma experiência ruim, podemos ter dificuldade de
formar laços satisfatórios no futuro. Da mesma forma, se o trabalho ou outras
pressões nos levam a refugiar-nos em vícios como o álcool, comer em excesso ou
à TV, pode ser difícil quebrar o padrão. O segredo é estar ciente de seus padrões
automáticos, ver o mal que eles estão fazendo e resolver com atitudes mais
positivas.
Controle seus vícios
Um vício não precisa ser uma condição médica. É útil pensar em qualquer
dependência habitual de estímulos externos como potencialmente prejudicial –
você poderia estar fazendo algo mais saudável e produtivo em vez disso. Faça
uma lista dos adereços que você usa para combater o estresse ou a adversidade, e os veja pelo que eles
são: limitações à sua realização
pessoal. Faça um plano para se livrar deles.
Comece pequeno
Quando você considera quais mudanças são desejáveis, a lista pode acabar
sendo assustadoramente longa. Mas, isso pode ser menos inibidor do que planejar
uma mudança única e mais radical; Dividir seu plano de transformação em pequenos
passos, para que você possa alcançar cada um deles com mais chances de sucesso;
celebrar a passagem de seus marcos de progresso.
Valorize os três pilares
As três virtudes mais necessárias para fazer mudanças para melhor em sua
vida são flexibilidade, resiliência e coragem. Flexibilidade é o pensamento
ágil e a capacidade de não ser prejudicado por padrões negativos de
comportamento passado. Resiliência é o poder da resistência – enfrentar
adversidade, desconforto, impopularidade ou qualquer outra experiência difícil
em prol de um futuro melhor. A coragem é a energia para tomar as decisões
difíceis de forma decisiva e segui-las até o sucesso – você pode sentir medo,
mas você o faz de qualquer forma. Valorizar estas qualidades é o primeiro passo
para construí-las em sua vida, como um aspecto de seu caráter. Trate-se como
habilidades básicas da vida. Pense em alguém que você conhece que a demonstra
de forma convincente e aprenda como um modelo a ser seguido.
Responda, não reaja
Uma reação é automática e irrefletida - algo ligado à nossa herança
mental e emocional. Uma resposta é mais lenta, frequentemente, mais complexa e
baseada na intuição. As respostas sempre lhe trarão um resultado mais original
e mais gratificante. Trate a intuição como uma bússola. Muitas vezes, ela
estabelecerá um caminho mais confiável para você do que você acredita ser
puro raciocínio – esquecemos que nosso raciocínio é, muitas vezes, colorido por
nossas emoções.
Veja a mudança como uma aventura
Um futuro desconhecido, muitas vezes, nos enche de medo, mas a excitação
é um sentimento mais produtivo. Ao deixar de lado os maus hábitos e optar por
mudanças concretas em sua vida, você entra em um terreno totalmente novo. À
medida que você viaja, aproveite as descobertas que você faz – sobre quem você
é e o que você pode ser no futuro. Hábitos arraigados obscurecem qualquer
sentido verdadeiro de si mesmo. À medida que sua percepção esclarece, você
encontrará habilidades, inclinações, aptidões e interesses que está longe de
serem previsíveis.
Faça tudo que puder para manter relacionamentos saudáveis e amorosos, por mais difícil que seja sua viagem de transformação – é importante não ver o mundo apenas em termos de você mesmo e seus desafios. Lembre-se de dar; mantenha suas simpatias abertas.
Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.
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