AGENDA CULTURAL

20.3.22

Quebrar maus hábitos - Gervásio Antônio Consolaro

 

Nossas formas habituais de responder a determinados tipos de desafios sempre que eles se repetem tendem a se enraizar: entramos no que nos psicólogos chamam de modo de “autorresposta”. Aceitamos o desapontamento nos relacionamentos. Tendo vivido uma experiência ruim, podemos ter dificuldade de formar laços satisfatórios no futuro. Da mesma forma, se o trabalho ou outras pressões nos levam a refugiar-nos em vícios como o álcool, comer em excesso ou à TV, pode ser difícil quebrar o padrão. O segredo é estar ciente de seus padrões automáticos, ver o mal que eles estão fazendo e resolver com atitudes mais positivas.

Controle seus vícios

     Um vício não precisa ser uma condição médica. É útil pensar em qualquer dependência habitual de estímulos externos como potencialmente prejudicial – você poderia estar fazendo algo mais saudável e produtivo em vez disso. Faça uma lista dos adereços que você usa para combater o estresse  ou a adversidade, e os veja pelo que eles são: limitações  à sua realização pessoal. Faça um plano para se livrar deles.

Comece pequeno

      Quando você considera quais mudanças são desejáveis, a lista pode acabar sendo assustadoramente longa. Mas, isso pode ser menos inibidor do que planejar uma mudança única e mais radical; Dividir seu plano de transformação em pequenos passos, para que você possa alcançar cada um deles com mais chances de sucesso; celebrar a passagem de seus marcos de progresso.

Valorize os três pilares

      As três virtudes mais necessárias para fazer mudanças para melhor em sua vida são flexibilidade, resiliência e coragem. Flexibilidade é o pensamento ágil e a capacidade de não ser prejudicado por padrões negativos de comportamento passado. Resiliência é o poder da resistência – enfrentar adversidade, desconforto, impopularidade ou qualquer outra experiência difícil em prol de um futuro melhor. A coragem é a energia para tomar as decisões difíceis de forma decisiva e segui-las até o sucesso – você pode sentir medo, mas você o faz de qualquer forma. Valorizar estas qualidades é o primeiro passo para construí-las em sua vida, como um aspecto de seu caráter. Trate-se como habilidades básicas da vida. Pense em alguém que você conhece que a demonstra de forma convincente e aprenda como um modelo a ser seguido.

Responda, não reaja

      Uma reação é automática e irrefletida - algo ligado à nossa herança mental e emocional. Uma resposta é mais lenta, frequentemente, mais complexa e baseada na intuição. As respostas sempre lhe trarão um resultado mais original e mais gratificante. Trate a intuição como uma bússola. Muitas vezes, ela estabelecerá um caminho mais confiável para você do que você acredita ser puro raciocínio – esquecemos que nosso raciocínio é, muitas vezes, colorido por nossas emoções.

      Veja a mudança como uma aventura

      Um futuro desconhecido, muitas vezes, nos enche de medo, mas a excitação é um sentimento mais produtivo. Ao deixar de lado os maus hábitos e optar por mudanças concretas em sua vida, você entra em um terreno totalmente novo. À medida que você viaja, aproveite as descobertas que você faz – sobre quem você é e o que você pode ser no futuro. Hábitos arraigados obscurecem qualquer sentido verdadeiro de si mesmo. À medida que sua percepção esclarece, você encontrará habilidades, inclinações, aptidões e interesses que está longe de serem previsíveis.  

      Faça tudo que puder para manter relacionamentos saudáveis e amorosos, por mais difícil que seja sua viagem de transformação – é importante não ver o mundo apenas em termos de você mesmo e seus desafios. Lembre-se de dar; mantenha suas simpatias abertas.

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br 

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