AGENDA CULTURAL

23.4.22

Ribeirão Baguaçu, tão querido, mas ainda poluído

Foto do carro caído no ribeirão Baguaçu

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

Bem no dia do Ribeirão Baguaçu, 22 de abril, quando se comemorava também o Descobrimento do Brasil, como não acontecia há algum tempo, uma pessoa cai com carro e tudo nas águas do curso         d´água que abastece parte de Araçatuba. Parece que o ribeirão quis dizer:

- Me respeite, ainda estou aqui!

Todos os jornais noticiaram o acidente com morte. A Folha da Região diminuiu a patente do Baguaçu, chamou-o de córrego (ou corgo no linguajar popular), e ainda cometeu um pleonasmo: “córrego Ribeirão Baguaçu”. Córrego e riacho são sinônimos, agora ribeirão é menor que o rio e maior que córrego. Deve ter sido desconhecimento de alguma estagiária de jornalismo, pouca idade, ainda não conhece tudo. Está perdoada.

Vou aproveitar para puxar à lembrança duas frases que envolvem o Baguaçu, que no tupi-guarani significa babaçu, uma palmeira:

“Quem bebe água do Baguaçu sempre volta” – significa Araçatuba sempre deixa saudade.

“Precisa ir além do Baguaçu” – significa deixar de ter uma visão provinciana.

Nosso ribeirão Baguaçu, tão querido, mas tão poluído.

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