Prefeito Dilador pulou em galho seco

Dilador Borges e João Dória

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP 

O prefeito Dilador Borges (PSDB) fez um pronunciamento demonstrando que nunca mudou mesmo, apenas disfarçou.

Dilador seguiu Dória, deixou Bolsonaro de lado, entrou Rodrigo Garcia, continuou deixando o Bozo de lado Deomerce, sua esposa, distribuiu a colinha (modelo de cédula) sem assinalar o candidato à presidência de República. Queria pegar votos de Lula e Bolsonaro.

Edna Flor (Cidadania, ex-PT)) ficou abandonada e em silêncio no seu recanto: Secretaria de Participação Popular. Dilador não quis ser candidato a deputado para que ela assumisse a prefeitura como vice, nem apoiar a Edna como candidata a deputada. Agora no segundo turno, Cidadania apoia Lula.

E ficou provado: Dilador sem Edna Flor não é ninguém. Não se elegeu prefeito em 2008 e 2012. Foi apenas suplente de deputado estadual. Elegeu-se prefeito em 2016 e 2020, com Edna Flor como vice-prefeita. E só.

Bastaram os resultados oficiais serem divulgados, Dilador percebeu que titubeou, deixando o Lucas Zanata ter uma grande votação e se credenciar a ser um candidato a prefeito em 2024. Então, para chamar a atenção do eleitorado, gravou um pronunciamento dizendo nas entrelinhas: "continuo sendo bolsonarista, esqueça o meu lado Dória. Estaremos juntos em 2024, apoio Tarcísio Freitas". Não sabemos se o eleitorado de Bolsonaro vai acreditar.

Para Dilador, não importa que Tarcísio Freitas seja um forasteiro, nunca tenha morado no Estado de São Paulo. Não dá para acreditar que o estado mais importante do Brasil poderá entregar o seu comando a um carioca. Para Dilador, o mais importante é a ideologia.