AGENDA CULTURAL

15.12.22

Importando-se com que as pessoas pensam de você - Gervásio Antônio Consolaro

Como, em nome de Deus, podem os pensamentos de outros o prejudicar? É o seu pensamento sobre os pensamentos deles que o prejudica. Mude seus pensamentos.Vernon Howard, O PODER SUPERIOR DA MENTE

    Você é extremamente autoconsciente? Nesta seção, as pesquisas explicam por que se importa tanto com o que as pessoas pensam sobre você e o que poderá mudar para aliviar essa situação.

Você é a pessoa mais importante no mundo

     Primeiro, perceba que você é a pessoa mais importante do mundo. Se não acredita em mim, lembre-se da última vez que sentiu uma dor intensa. Pode ter sido uma dor de dente, ou uma cirurgia, ou talvez você tenha quebrado a perna em um acidente. No que estava pensando na hora? Você estava preocupado com a fome na África? Estava preocupado com as mortes de inocentes nos conflitos no Oriente Médio?

Não.

     A única coisa que desejava era que a dor fosse embora. Isso é porque você é a pessoa mais importante do mundo. Por você viver consigo mesmo 24 horas por dia, é normal se preocupar com seu próprio bem-estar físico e mental.

    Você tem que perceber que o mesmo ocorre com qualquer ser humano no mundo. Para mim, você não é a pessoa mais importante, eu sou. E o mesmo ocorre a partir da perspectiva de seus amigos mais próximos, seus familiares e colegas.

      Por você viver consigo mesmo 24 horas ao dia, você supõe com frequência, de modo incorreto e inconsciente, que as pessoas pensam sobre você de modo mais significante do que é. Na verdade, pela maior parte do tempo, as pessoas não se importam com você. Enquanto pode soar meio depressivo, é de fato libertador. Isso significa que não é preciso se preocupar tanto com o que elas pensam de você.

     Conforme o ditado costuma dizer:

                      Quando temos vinte, nos preocupamos com o que todos pensam; quando temos quarenta, nós paramos de pensar sobre o que os outros pensam; quando temos sessenta percebemos que ninguém estava pensando na gente.

     Ao passo que você acompanha todos os seus erros, mais ninguém o faz. As pessoas são simplesmente muito ocupadas se preocupando consigo mesmas. Em outras palavras, as pessoas não:

  • Acompanham os seus erros passados;
  • Leem tudo o que você posta nas redes sociais;
  • Se lembram dos seus momentos estranhos;
  • Pensam sobre você (com frequência);
  • Se importam com você tanto quanto você mesmo.
  • Nem todos gostam de você

     Você se importa com o que as outras pessoas pensam porque quer a aprovação delas. Você supõe que a melhor forma fazer isso é evitando marcar presença. Como consequência, você passa sua vida inteira tentando ser a pessoa perfeita na esperança de ser amada.

     Contudo, isso geralmente não funciona. Não importa a quão boa  pessoa você seja, algumas pessoas não vão gostar de você. É até possível tentar “consertar” a imagem que elas têm de você, mas isso tampouco funcionará. As pessoas verão você do modo como elas quiserem devido às suas próprias crenças e valores.

    Portanto, se você fundamenta o seu valor próprio com o que as pessoas pensam, então estará sempre à mercê da aprovação delas. O que acontecerá se elas de repente o rejeitarem? Infelizmente, nenhuma aprovação externa jamais compensará a falta de autoaprovação.

     Ao se empenhar tanto em ser amado pelas pessoas, você se arrisca a levar uma vida patética sendo incapaz de expressar a sua personalidade. Você terminará mimetizando os seus amigos, agradando todos ao seu redor, mas esquecendo-se de agradar a pessoa mais importante do mundo, você.

     Mais mais,  o que as pessoas pensam sobre você não é da sua conta. Você não é responsável pelos pensamentos das pessoas, na verdade o que elas pensam não é da sua conta. O seu trabalho é expressar a sua personalidade da melhor maneira possível, para interpretarem as suas ações e comportamento através de seus próprios filtros. Parte do seu crescimento pessoal é aceitar que não é preciso ser aceito por todos e, deste modo, poder ser você mesmo.   

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br  

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