Verdadeiro diálogo não é falar com as pessoas que acreditam nas mesmas coisas que nós acreditamos. (Zygmunt Bauman - 1925-2017) |
Diálogo é convivência dos diferentes nas relações humanas. O questionador, crítico e opositor ajuda a busca da verdade sobre um assunto ou decisão. A tolerância com o diferente é amor ao próximo. Quando a estupidez prevalece e o diálogo acaba, é porque a ignorância está dominando. A estupidez é uma burrice, mas não tenho direito de ofender estes lindos, eficientes e inteligentes animais, também conhecidos como asnos.
Diálogo implica em
tolerância com aquele que não sabe, ainda que resista ou negue a mudar e
evoluir em um primeiro momento. O diálogo deve “ser” de ideias e argumentos e
não se impor pelo grito, mentiras, voz grossa, vestimentas, tecnologia avançada
e ou armas!
Em qualquer atividade
deve-se ouvir a todos, não importa se concordando ou discordando. Há de se ter
paciência e tolerância com os ignorantes que geralmente são barulhentos, brutos
e manipuláveis. As discrepâncias e controvérsias de opiniões são fontes e
oportunidades de progresso e evolução quando se tem as salvaguardas da
liberdade de pensamento e a preservação do estado de direito democrático.
SEJAMOS INTELIGENTES
Os dogmas, mitos e a fé são
próprios da religião e da política. O dogma e a fé tendem a não ser tolerantes
com as discordâncias e discrepâncias. Dialogar, debater e discordar são
exercícios para adquirir capacidade analítica, crítica e consciência social.
Sabedoria e tolerância são habilidades que se desenvolve apenas com muito
esforço pessoal, tempo para reflexões e meditações. Sabedoria e tolerância não
se ganham com diplomas e habilitações, mas sim com inteligência e muito estudo.
Ninguém transfere sabedoria e tolerância, elas são conquistadas unicamente por
evolução individual e por mérito pessoal.
Como seres evoluídos, que
cultivemos o diálogo, o discurso, o debate e o convencimento, mas isto requer
muita paciência, tolerância, reflexão e amor. Que cada um de nós descubra em si
mesmo o potencial de aprender, evoluir, empreender e adquirir a consciência de
seu papel no contexto familiar e social.
Que aquele que pensa
diferente, não vire inimigo, mas apenas uma pessoa que não raciocina como você,
mas que pode ser seu amigo! Eu reconheço que é difícil conversar com adoradores
de armas, mas é necessário tirá-los do transe em que se encontram, ajudá-los.
UM TESTE
Em algumas conversas, escuto
e identifico sementes de intolerância com partidos, pessoas, ideias e
comportamentos. Querem quebrar regras e fazer a “sua” justiça prevalecer.
Permita-me questionar:
1.Na sua casa, você dá o exemplo de respeito, elegância e
tolerância ou és, às escondidas, um ogro adorador de pneu?
2.Você ensina seus filhos e alunos à prática do diálogo e respeito
com os diferentes daquilo que imaginas como o ideal em sua vida? Como se
posiciona sobre os presidiários, drogados e subalternos?
3. Você é educado apenas com os superiores ou és também com os
empregados, prestadores de serviço e subalternos? Quantas vezes por dia pedes
por gentileza e agradece?
4. Você conversa com seus familiares sobre os limites dos
dogmas, mitos e as consequências ruins de uma fé cega e irrestrita?
REFLEXÕES
Todas as horas precisamos semear a tolerância com os diferentes e praticar o diálogo com respeito absoluto às regras em qualquer situação, especialmente com os familiares e dependentes! Se não for assim no dia a dia, só restará, cedo ou tarde, as ditaduras, torturas, tragédias familiares e o terrorismo urbano!
Professor Titular da USP
FOB de Bauru
Nenhum comentário:
Postar um comentário