AGENDA CULTURAL

26.3.23

Diálogo 2: preste atenção nos detalhes - Gervásio Antônio Consolaro

 Globo.com

       Neste artigo trazemos o tipo de pessoas pela neurolinguística: auditiva e cinestésica, a primeira foi a visual. 

      Auditivo é o indivíduo que capta melhor o mundo por meio dos ouvidos.

      O auditivo valoriza a durabilidade e a qualidade das coisas. É estrategista e político. Fala em tom mediano, com menos rapidez e nível médio de voz, pensa conclusivamente, é muito racional, objetivo e tem o dom de simplificar as coisas, interrompe-se continuamente para saber se você entendeu.

      Sabendo disso, resuma sempre o que tem a dizer a um auditivo; fale menos, seja direto e conciso, pois ele presta atenção ao que lhe é dito somente até chegar à conclusão dele, após isso tende a ficar aborrecido. Ao sentar-se, geralmente procura uma posição em que possa descansar o queixo na palma da mão, é provável que não olhe o interlocutor de frente, preferindo girar levemente a cabeça para o lado, para aplicar melhor o ouvido à conversa.

      Ao falar, o auditivo utiliza bastante as expressões “escuta aqui”, “escute o que estou dizendo”, “ouça o que estou falando”, “vou dar um toque”, “tive um estalo”; isso lembra barulho, é auditivo. Quando for manter um diálogo com essas pessoas, use expressões que o conectem com ela. Por exemplo: “Escute o que estou dizendo”, “ouça”, fale palavras que tenham alguma ligação com audição.

              Como lidar com uma pessoa auditiva?

      Procure apresentar proposta por escrito, detalhe os assuntos o máximo que puder. Quando auditivos estiverem falando (eles preferem escutar), estimule-os, fazendo-lhes perguntas e tenha paciência. Não considere seu silêncio algo negativo. Dê tempo para que pensem e evite pressioná-los por respostas rápidas.

    Cinestésico (do grego kinestesis, significa sensação, emoção, movimento) é o que tem seu principal canal de comunicação no toque, no contato, no sentir.

    O cinestésico, por sua vez, já é mais bonachão; preferindo o conforto pessoal, ele não se senta na cadeira, esparrama-se por ela, excesso de arrumação ou necessidade de frequentar lugares onde impere a etiqueta podem incomodá-lo. Tem como valores maiores a sensação, ação, sensibilidade ao toque, experimentação e gesticulação. Filtra as ações e sensações emocionais como alegria, tristeza e movimentos. Ele precisa sentir as coisas, solta mais as emoções, é mais sentimental, chora com certa facilidade e sente necessidade da sensação e do toque físico. O cinestésico aprecia estar em ação total, gosta de dançar, praticar esportes, mexer em coisas, consertar, fazer jardinagem etc. Prende-se às sensações do ambiente como frio, quente, arejado, amplo; também ao peso, à dimensão etc.

     Costuma ter a respiração lenta, tende a falar em tom de voz grave, mais lentamente, pronunciando melhor as palavras. Dá especial atenção aos cheiros. Aperto de mão firme significa para ele personalidade e confiabilidade.

      A forma de identificar esse tipo de pessoas é perceber como elas se comunicam. Normalmente, elas gostam de encostar no interlocutor, tocar no braço, no ombro, abraçar e muitas vezes beijar no rosto quando é do sexo oposto. A melhor maneira de conectar-se com um cinestésico é usar expressões como: “sinta o que estou dizendo”, “imagine você vivendo isso”, “vivencie este momento ou esta cena”, “sinta a amplitude do que estou dizendo”. Com isso, a possibilidade de criar sintonia com essa pessoa é exponencialmente maior. Na arte do trato com as pessoas, essa ferramenta é de um valor poderoso.

Como lidar com o cinestésico?

Quando ele estiver falando, complemente suas ideias e se possível pontue seus argumentos com afeto. Procure demonstrar atenção e torne a conversa pessoal.

     Atenção: não considere o excesso de intimidade dele algo negativo nem confunda seu jeito com o fato de ser “espaçoso”, ou muito informal. O calor humano é o ponto mais forte de sua personalidade. 

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                     

Neste blog, publicação póstuma         

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