Hélio Consolaro
Cido Sério elegeu-se deputado estadual, mas não conseguiu ser vereador nem prefeito de Araçatuba em eleições anteriores, pois esta terra de gente miúda gosta de eleger graúdos. E só se elegeu agora, porque 80% dos votos vieram de fora.
Cido Sério nasceu em Bento de Abreu, mas foi menino em Santo Antônio do Aracanguá. Por lá aprendeu as primeiras lições. Gostou tanto do nome que se casou com a Cida, a Lacerda. E para mostrar que é brasileiro da gema, suas duas filhas se chamam Maíra e Coraci.
Independente de cores partidárias, Cido Sério (PT) e Roque Barbiere (PSDB) são deputados da região. Como presidente da Academia Araçatubense de Letras, em 2003, precisei de um deputado para que montasse projeto de lei que reconhecesse o caráter de utilidade pública estadual da entidade na Assembléia Legislativa. Procurei o mais próximo de Araçatuba, Roque Barbiere (na época, no PTB). E ele topou o desafiou e hoje temos a Lei n.º 12.081, de 4/10/2005.
Só para exemplificar a simplicidade de gente de Araçatuba que ocupa cargos na esfera federal, vou citar Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do ministério da Previdência, é de Araçatuba, morou no bairro Amizade. E Cido Sério tem domicílio numa casa com aparência de edícula, na rua Imaculado Coração de Maria, bairro Paraíso, também em Araçatuba.
Cido Sério sempre foi líder. O diretório acadêmico Nélson Hungria, do curso de Direito da Toledo tem um ex-presidente que se elegeu deputado estadual neste ano. Sempre gostou da política, articular é com ele.
Participou das campanhas das “Diretas Já” em 1984, ainda mocinho, e de todos os movimentos pela democracia na era de chumbo. Atualmente é presidente nacional da Afubesp (Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa). Não começou na política ontem, montando de repente uma avestruz.
O Cido Sério não é tão sério, ri muito. Na família, só ele é sério. Era para ser Aparecido Sérgio da Silva, mas o cartorário se esqueceu da letra gê. Cartorário bom, menino de sorte.
Como você viu, caro leitor, este croniqueiro chegou ao poder. Foi instrutor político com João Paulo Cunha, que instruímos Antônio Palocci; fui preso com José Genuíno durante a ditadura militar. Carlos Eduardo Gabas, foi meu aluno no ensino fundamental. Agora, Cido Sério, meu ex-assessor parlamentar (pago por mim, não pela Câmara Municipal), quando fui vereador na década de 80, se elege deputado estadual.
O Consa não é nada, mas meteu o bedelho na história de muita gente, como personagem secundário.
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