AGENDA CULTURAL

30.10.11

Negro amor - Bob Dylan

Esta música sempre me encantou. As palavras loucas, a sintaxe justaposta, não foi a análise da letra que me encantou, foi a letra mesmo, a música em sincronia com a letra. Ela me dá um arrepio inexplicável. A poesia está nela, desafiando a razão. 





Gal Costa canta "Negro Amor" - Bob Dylan ("It's all over now, Baby Blue") em tradução por Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti - (do Fantástico - Globo 1977).


Há outras versões de outros cantores no Youtube


Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada negro amor
A estrada é pra você e o jogo é a indecência
Junte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada negro amor
E não tem mais nada negro amor
Seus marinheiros mareados abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores? e agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada negro amor
E não tem mais nada
Negro amor
As pedras do caminho deixe para trás
Esqueça os mortos eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada negro amor

Nenhum comentário: