AGENDA CULTURAL

6.1.13

Ano do “bi” para o Palmeiras

Ademir José Taiacol no “recanto verde”, onde até a churrasqueira tem beirada que lembra o time do coração - Araçatuba-SP (foto de O LIBERAL)


Hélio Consolaro*



Não está fácil ser palmeirense na atual conjuntura. Até o Barcos vai jogar no time na série B por gratidão. Nunca vi argentino grato, muito menos jogador de futebol.

Desaforo mesmo é um corintiano de quatro costados, como Toninho Caracol, me telefonar, dizendo:


- Consa, faz uma crônica sobre o Palmeiras para a seção de esportes do jornal de domingo...


Só não disse aquele palavrão porque ele é um bom companheiro, foi meu aluno, e o pessoal do jornal merece todo o respeito.


Para o meu desconforto, vi reportagem neste jornal em que Marcelo Rocha, Nivaldo Franco Bueno e mais um guri na maior festa no Japão. Quem pode, pode. Quem não pode se sacode, torce o nariz.


Na verdade, estavam lá só os corintianos bem aquinhoados, porque os manos, nem vendendo o Monza, o Del Rey ou o Gol quadradinho conseguiriam dinheiro da passagem. Tiveram que ficar gritando “timão” por aqui mesmo.

Como já cantaram por aí, o mundo é uma gangorra. Num momento, alguém está por baixo, noutro, está bem por cima. Assim também são os corintianos.


Ultimamente, tenho inveja deles, porque aproveitaram bem a lição. Além disso, a nação corintiana é petista, inclusive o ex-presidente Lula.


Às vezes, chego à conclusão de que estou torcendo para o time errado, pois na direção do Palmeiras só há tucano. Estou perfilando com José Serra! Mereço! Você já percebeu, caro leitor, que tucano está com um azar danado, não ganha nada... E passou essa nhaca para o Palmeiras.


Os palmeirenses arrumam desculpas, dizendo que o clube está gastando com a construção da Arena Palestra Itália, está mal das pernas financeiramente, coisa e tal. Pode até ser, mas não está fácil.


Apesar de o ano ser 13, número do PT, estou torcendo para que seja o do “bi” para o Palmeiras: bicampeão da série B e da Libertadores para calar a boca da gambazada. Será nadar contra a correnteza, mas tudo é possível.


A direção do time precisa aprender a fazer limonada dos limões da vida. Montar um bom plantel para disputar a Copa Libertadores, vai com eles aos fundões brasileiros para disputar a série “B” lotando estádios. Em 2003, quando estivemos na série B, foi o ano de maior renda nos jogos do time. Que saudades...


Não me venha com piadinhas ridículas, caro leitor. Torço para dois times: a favor do Palmeiras e contra o Corinthians. Estou muito feliz por isso, não renego o Verdão, que atualmente anda meio desbotado. Esse time já me deu muitas alegrias, chegou a apanhar da AEA! Estou me sentindo uma Poliana...


*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Araçatuba-SP

Um comentário:

HAMILTON BRITO... disse...

É o primeiro UMA que cofessas ser.Para por aí mesmo ou vai acabar confessando mais coisas.