Consa, Almir Sater e Du Viola - momentos antes do show |
Hélio Consolaro*
A
Virada Cultural Paulista em Araçatuba só fica abaixo da Expô em termos de
público. Depois que o palco principal passou para a praça Getúlio Vargas, a
cada ano o evento ganha proporções maiores. Essa correspondência entre produção
e público só fará crescer o evento em 2014; com certeza, teremos uma grade
artística ainda mais valorosa.
Nem
todas as cidades têm essa relação simbiótica com a Virada, nem todas as
prefeituras dão o apoio necessário como faz Araçatuba. Quem diz isso são as
próprias pessoas que vêm representando a Secretaria Estadual de Cultura. Essa
parceria entre Governo do Estado e Prefeitura de Araçatuba é levada a sério
pelo prefeito Cido Sério (PT).
Na
administração de Jorge Maluly, a Virada aconteceu no recinto de exposição
Clibas de Almeida Prado. Em 2009, já como secretário municipal de Cultura,
passamos para a frente do Centro Cultural dos Ferroviários, também não teve
grande frequência. Em 2010, escolhemos a praça Getúlio Vargas, a partir daí
fomos num crescendo.
Enquanto
Piracicaba teve 27 palcos durante a Virada Cultural Paulista, Araçatuba apenas
04, com a Unip subutilizada, por isso aquela cidade ficou em 1.º lugar em
público, 164 mil. Já Campinas, com um milhão de habitantes alcançou apenas 38
mil pessoas; e Santa Bárbara do Oeste, 37 mil.
Araçatuba
atingiu público de 77 mil em 2013, o maior dentre as sete edições. Os maiores
colaboradores desse montante foram Negra Li e principalmente Almir Sater, mas
posso garantir que no palco principal ninguém ficou sem público. Até o Brunno
Carvalho, representante local na grade juntou gente, bastar ver foto no Blog do
Consa (www.blogdoconsa.com). Escrevi “até”, tendo em vista o ditado popular de
que “santo de caso não faz milagre”.
Se
público é importante para o artista, há arte de público menor que precisa ser
prestigiada pela direção da Virada Cultural. Nas primeiras viradas, o palco da
Unip era a atração com grandes espetáculos teatrais, shows com cantores biscoitos
finos. Aliás, essa é uma reclamação do diretor da universidade, professor Hélio
Negri. Lá estiveram Juca Chaves, Diogo Nogueira, Ângela Dip, Dorival Caymmi
Jr., peças teatrais significativas. Não podemos transformar a Virada apenas em
shows de artistas midiáticos.
Essas
observações não são críticas, mas itens que serão consideradas nas primeiras conversas
de organização da Virada Cultural Paulista de 2014.
*Hélio
Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário Municipal de Cultura de
Araçatuba-SP
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