Professora de matemática de 41 anos disse que está abalada e que não contou para os familiares
Uma professora de matemática de 41 anos, funcionária do Estado, registrou um boletim de ocorrência, no final da tarde de segunda-feira (17), porque duas alunas de 12 anos colocaram uma super cola em sua cadeira. A calça da professora chegou a rasgar e ela sofreu leve queimadura devido à ação dos componentes químicos da cola.
Os policiais militares foram à escola depois que receberam denúncia da ação das alunas. A professora relatou que estava sentada e sentiu tipo de queimadura e ao tentar levantar-se, percebeu que estava presa. Ela levantou-se, mas rasgou a calça.
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COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
Na década de 70, quando eu lecionava na Escola Estadual Genésio de Assis - Araçatuba - me aconteceu coisa parecida. Algum engraçadinho pôs duas alfinetes de cabeça, apoiadas em chiclete de ponta para cima, esperavam a minha "poupança".
Como não me sento sem ver antes ver como está o local, percebi a arapuca. Peguei as alfinetes e disse para a classe:
- Imbecil, sou mais esperto do que você. Prepare outra.
E fiz a chamada.
Conto isso para mostrar que adolescentes são todos iguais, no tempo e no espaço. A diferença é que, nos tempos idos, a peraltice não ia parar em jornal, rádio, televisão, nem conselho tutelar. A imprensa tinha coisa mais importante para noticiar.
Uma pergunta: se tudo tivesse acontecido em escola particular, o assunto teria ido à delegacia e virado notícia na imprensa? Às vezes, a administração pública dá um tiro no próprio pé, pois não cuida da imagem dos serviços públicos. Um problema do cotidiano escolar ganhou contornos policiais.
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Uma pergunta: se tudo tivesse acontecido em escola particular, o assunto teria ido à delegacia e virado notícia na imprensa? Às vezes, a administração pública dá um tiro no próprio pé, pois não cuida da imagem dos serviços públicos. Um problema do cotidiano escolar ganhou contornos policiais.
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PROFESSORA
Em conversa com a reportagem, a professora disse que está muito abalada pelo acontecido e principalmente pela falta de educação com o ser humano primeiramente e depois como professora. "Estou na profissão há 15 anos e esta foi a primeira vez que passei por uma humilhação deste tamanho. Para falar a verdade, estou tão indignada que não tive coragem de contar este episódio para meus familiares. Estou envergonhada. Eu, bem como meus colegas de trabalho, pedimos primeiramente respeito como pessoa e depois como educadores", disse.
A professora afirmou que deve passar por exame pericial na manha de hoje (19), e que já solicitou na delegacia os papéis para as medidas cabíveis. Ainda segundo, ela que esta trabalhando normalmente, na segunda-feira (17) as alunas estavam suspensas das aulas e na tarde de terça-feira (18) já assistiram a aula normalmente.
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O que pensava Sócrates a respeito do adolescente (COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO)
“Nossos adolescentes atuais parecem amar o luxo. Têm maus modos e desprezam a autoridade. São irrespeitosos com os adultos e passam o tempo vagando nas praças, mexericando entre eles.... São inclinados a contradizer seus pais, monopolizam a conversa quando estão em companhia de outras pessoas mais velhas; comem com voracidade e tiranizam os seus mestres.”
Isso foi dito a 2.500 anos antes de Cristo.
Isso foi dito a 2.500 anos antes de Cristo.
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A professora ainda ressaltou que lecionou a mesma matéria para as duas alunas no ano passado e se comportavam bem. Mas este ano tiveram várias mudanças, inclusive várias ocorrências internas.
ESCOLA
Em nota a Secretária de Educação informou que a direção da escola acionou os responsáveis pelas alunas para que eles contribuam nas questões disciplinares das estudantes e evitem que a situação volte a ocorrer. As alunas foram suspensas com base no regimento escolar e o professor mediador da escola, profissional capacitado com técnicas de justiça restaurativa e mediação de conflitos, irá reforçar as ações preventivas com as estudantes envolvidas. A professora, que registrou a ocorrência, também é acompanhada pela equipe gestora.
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