AGENDA CULTURAL

13.1.16

O passe livre é só um pretexto para os guerrilheiros da barafunda


Nirlando Beirão*

Por mais que a PM tenha colocado em prática aquela sua pedagogia do cassetete, com sádica violência, agora que está no comando um Secretário de Segurança que se acha o próprio Kojak, nada justifica o que fizeram, na noite desta terça (12), em São Paulo, os meninos mimadinhos do Movimento Passe Livre.

Uma brutalidade não justifica a outra.

Rasgaram, os pirralhos, todos os pacotes de lixo que viram pela frente, reviraram caçamba, emporcalharam a cidade em nome de uma reivindicação que, por si só, já é uma besteira utópica: se o transporte público em São Paulo fosse gratuito, alguém acabaria pagando a conta – e, como de hábito, os endinheirados, os herdeiros, os especuladores do capital é que não seriam os penalizados.

Os pueris guerrilheiros da barafunda, na ânsia de parecerem rebeldes com alguma causa, deram uma péssima lição de incivilidade. Tornaram-se parceiros da violência policial que a gente está cansado de ver e de execrar.

O pior é que os insurretos juvenis do MPL são acariciados pela mídia anti-PT, em especial aquela Folha de S. Paulo cujos editores, irritados com o fato de um guapo prefeito não corresponder a sua pulsão homoerótica (sentimento bonito, do qual não há porque discordar), tratam de se vingar, com obsessão cotidiana.

Querem, através dos black blocs do passe livre, atacar pela enésima vez o prefeito Haddad (o qual, é bom ressaltar, conseguiu que as áreas conflagradas amanhecessem limpas, esta manhã, em notável feito a ser creditado aos garis da higiene pública).

A irritação dos pivetes da imundice é o tipo da coisa que seria facilmente amenizada com uma viagem à Disneyworld e uma selfie com o Pateta.

Imagino os fedelhos do MPL voltando para casa, ontem à noite. Tão inebriados devem ter ficado com sua façanha de enxovalhar as ruas que – tenho certeza – fizeram xixi na cama.


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