Nirlando Beirão*
Por mais que a PM tenha colocado em prática aquela sua
pedagogia do cassetete, com sádica violência, agora que está no comando um
Secretário de Segurança que se acha o próprio Kojak, nada justifica o que
fizeram, na noite desta terça (12), em São Paulo, os meninos mimadinhos do
Movimento Passe Livre.
Uma brutalidade não justifica a outra.
Rasgaram, os pirralhos, todos os pacotes de lixo que viram
pela frente, reviraram caçamba, emporcalharam a cidade em nome de uma
reivindicação que, por si só, já é uma besteira utópica: se o transporte
público em São Paulo fosse gratuito, alguém acabaria pagando a conta – e, como
de hábito, os endinheirados, os herdeiros, os especuladores do capital é que
não seriam os penalizados.
Os pueris guerrilheiros da barafunda, na ânsia de parecerem
rebeldes com alguma causa, deram uma péssima lição de incivilidade. Tornaram-se
parceiros da violência policial que a gente está cansado de ver e de execrar.
O pior é que os insurretos juvenis do MPL são acariciados
pela mídia anti-PT, em especial aquela Folha de S. Paulo cujos editores,
irritados com o fato de um guapo prefeito não corresponder a sua pulsão
homoerótica (sentimento bonito, do qual não há porque discordar), tratam de se
vingar, com obsessão cotidiana.
Querem, através dos black blocs do passe livre, atacar pela
enésima vez o prefeito Haddad (o qual, é bom ressaltar, conseguiu que as áreas
conflagradas amanhecessem limpas, esta manhã, em notável feito a ser creditado
aos garis da higiene pública).
A irritação dos pivetes da imundice é o tipo da coisa que
seria facilmente amenizada com uma viagem à Disneyworld e uma selfie com o
Pateta.
Imagino os fedelhos do MPL voltando para casa, ontem à
noite. Tão inebriados devem ter ficado com sua façanha de enxovalhar as ruas
que – tenho certeza – fizeram xixi na cama.
Nenhum comentário:
Postar um comentário