Aqui em São Paulo, a Polícia Militar existe para bater na gente, quando faz greve; já no Estado do Espírito Santo, a PM faz greve, não quer nem saber de "Ordem e Progresso".
Estou falando isso por experiência própria, pois sou professor aposentado da rede pública estadual de São Paulo, uma categoria que começou a entrar no cassetete no governo de Salim Maluf, 1978, e gostou, porque apanha até hoje.
O nome Espírito Santo é uma herança de nossa colonização católica, por isso nomes de santos aparecem a todo momento, como nos enfrentamentos do futebol: São Bernardo x São Bento, Santos x São Paulo. Embora a santidade domina nos nomes, o diabo apronta na realidade desses lugares.
Lá no Espírito Santo, as mulheres forçam a greve, não deixam os maridos trabalharem, "fique aí no batalhão, seus vagabundos"! A ordem é expressa das esposas: "Vocês não vão sair daí para trabalhar. Se for, entram no cacete!" Não se assuste, caro leitor, estou usando o linguajar do meio.
Lógico que esse negócio de mulher segurar homem é um artifício para que o policial não seja punido. Qualquer coisa: "Foi minha mulher, ela não me deixou trabalhar", mas com a chegada do Exército Brasileiro, o governo estadual voltou a falar grosso.
O atual governador Paulo César Hartung Gomes já governa o Espírito Santo pela terceira vez, começou pelo PSB e agora é PMDB. Vejo as denúncias que passam pela internet, nem sempre verdadeira, que os fomentadores da violência lá no Espírito Santo são os coxinhas, os partidários do Fora Dilma.
Por lá deve ter algum pastor pregando em sua igreja que o diabo tomou conta do Espírito Santo. Nesse maniqueísmo simplista em que caímos atualmente, faz sentido.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras.
Leitura oportuna:
PSICOLOGIA DE POLÍCIA E BANDIDO. Na greve da PM no Espírito Santo cidadãos comuns foram vistos realizando saques em lojas e supermercados. A ausência da polícia revela uma realidade assustadora: o caos ético e moral que se encontra o nosso país. Quando a polícia se torna a regra de conduta das pessoas, o instrumento de controle que as impede de cometer crimes percebe-se a falta de consciência ética e moral. Retirada a polícia vem a tona o desejo latente de um povo corrupto. Idiotice pensar que só políticos são desonestos, tendo oportunidade, muitos se tornam criminosos. A conclusão é a seguinte: Se precisamos de polícia para sermos honestos, somos uma sociedade de bandidos soltos!
Sérgio Oliveira – Teólogo e psicólogo
Um comentário:
´A verdade mais verdadeira que tenho visto neste mundo de Deus e dos homens:..."Idiotice pensar que só políticos são desonestos, tendo oportunidade, muitos se tornam criminosos. A conclusão é a seguinte: Se precisamos de polícia para sermos honestos, somos uma sociedade de bandidos soltos!"
Parabéns ao Consa, que está atento a tudo e a todos.
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