AGENDA CULTURAL

23.3.17

Nero, de verde e amarelo


Arlen Pontes*

Sim o romano. E não, não é difícil uma comparação lídima do governo "júlio-claudiano" com o des-governo do "temer-morano" (é eu sei, não ficou bom) mas "morano" é o mais próximo que posso escrever de 'moro', ou posso ser conduzido de forma coercitiva —afinal, não há mais democracia nem liberdade de expressão.
Em tempo, o primeiro dos tiranos aqui descrito, Nero —"um quase vice" do seu tio Cláudio, quando viu que sua 'batata' ia assar, logo culpou os cristãos, claro, quem mais iria tacar o terror, digo, o fogo em Roma.

Vejam só o perfil dos cristãos à época: seguiram o filho de Deus, ajudavam os pobres, partilhavam da refeição... pronto, tá aí - "comunistas". Essa turma de 'petralha' já dava trabalho até mesmo no ano '0' DC.

E lá se foi Roma, destruída pelo fogo do imperador.

Já o segundo tirano ou vampiro como queiram, que também foi um vice - não um vice de verdade, está mais para um aproveitador sanguessuga - quando também sentiu a 'batata' ardendo, tratou logo de se proteger.

Nomeou coligados e correligionários, abraçou o capeta e beijou as aves, não, não é o "ave Caesar", mas os tucanos (e veja lá que tem prefeito que assumiu que matava "dos seus" quando pequeno) para se manter no poder.

E para não fugir da correlação fatídica entre o tirano e o vampiro, este segundo não tacou fogo em Brasília, mas fez pior.
- Busca por destruir de forma incoerente o futuro de todos os que trabalham e um dia vão trabalhar neste país, tirando deles (inclusive eu) direitos que foram conquistados durante anos de luta com uma "reforma" que está mais para desconstrução previdenciária.

Prejudicou de forma imensurável a médio e longo prazo o mercado, onde justamente o Brasil era mais competitivo frente às outras potências mundiais, a agropecuária, divulgando resultados de uma operação policial que ate agora, só há suspeitos disso e daquilo.

E para tudo isso, consorciou-se com um juiz que só enxerga uma sigla partidária, enquanto expõe o sigilo de uns, as "bundas brancas" do des-governo não saem nem em nota de rodapé da Playboy, triste.

E o Nero, nem usou verde e amarelo.
Mas entre enfrentar um incêndio de cinco dias ou uma destruição que levará anos para poder ser cessada, fico com a depravação de Nero do que a "fudida" coletiva em mais de 200 milhões de brasileiros de uma só vez.

*Arlen Pontes, arte-finalista, Buritama-SP

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