AGENDA CULTURAL

25.4.17

Como estaria o Brasil sem o impeachment de Dilma?

Acompanho as mensagens diárias no Facebook do filósofo (professor da USP), que nasceu em Araçatuba, Renato Janine Ribeiro, e foi também ministro da Educação por seis meses no governo Dilma. 

A mensagem de hoje do Renato, transcrita abaixo, é o que penso, por isso a transcrevi abaixo (Hélio Consolaro):     

Uma pergunta interessante: como estaria o Brasil sem o impeachment de Dilma? 

Minha resposta: ela só teria continuado a governar se o Congresso lhe desse as condições mínimas para tal. Nem Eduardo Cunha nem Aécio quiseram isso. Caiu por essa razão. Não dá para imaginar um governo Dilma continuando sem as condições econômicas que Joaquim Levy pediu. Ou Nelson Barbosa. 


As condições mínimas seriam parecidas com o que disse em 2015 o senador Aloysio Nunes: deixá-la cumprir o mandato, mas sangrando. Na verdade, o governo precisaria de um pouco mais do que isso. 


O erro da oposição foi não ter dado ar para o governo respirar, negando medidas que afinal eram mais leves do que as que hoje, um ano após seu afastamento, ainda estão longe de surtir efeito. Joaquim Levy tentou uma política que não era petista, que poderia até ser tucana, mas que naquela ocasião teria custado menos e rendido mais do que as adotadas um ano e meio depois. 


A oposição agravou o problema econômico, com seu bombardeio, e o político, ao entregar o poder ao PMDB. 


Se o PSDB tivesse dado esse ar pouco para o governo respirar, a crise econômica estaria superada, ou perto de; mas não muito mais do que isso. O governo Dilma iria até o fim, teria feito algumas reformas mas mais leves do que o atual, chegaria às eleições de 2018 fraco. 


O PSDB ganharia as eleições de 2018 sem dificuldade e com legitimidade. Daria Serra, Aécio ou Alckmin. O PT iria para a oposição, onde tentaria se refazer. 


Não viveríamos um clima de tanto ódio.
Sinceramente, não vejo bem quem ganhou com essa guerra.
Ou vejo.

2 comentários:

Anônimo disse...

E sobre a roubalheira generalizada, como fica?

Hélio Consolaro disse...

As investigações continuariam do mesmo jeito, pois o STF e Lava Jato não dependem do presidente da República.