Consciência de si mesmo gera mais segurança e tranquilidade. Fiz o curso, descobri os nove tipos de egos e aquele mais evidente em mim. O eneagrama mostra o que a pessoa precisa trabalhar mais.
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Ana Elizabeth Diniz
01/08/2010
A história do eneagrama é desconhecida e cheia de
especulações. As raízes mais antigas remontam há cerca de 4.500 anos na
Mesopotâmia, onde uma fraternidade de homens sábios descobriu o segredo cósmico
da autorrenovação perpétua e o transmitiu através de gerações.
O segredo foi preservado na Babilônia durante séculos tendo
sido revelado em uma congregação de sábios realizada na época do rei Cambises
da Pérsia, há 2.500 anos, em que participaram também Zoroastro e Pitágoras.
"Há indícios de que o eneagrama tenha influenciado a
maioria das religiões, inclusive o Cristianismo, bem como escolas místicas e
grupos de pessoas voltadas para a busca da verdade de si mesmas. Tal tradição
foi preservada pelos sufis, os místicos da fé mulçumana, que se tornaram os
guardiões dessa antiga sabedoria", ensina Luiz Mauro Renault Junqueira,
terapeuta da SAT (ser, em sânscrito), escola organizada pelo professor chileno
Cláudio Naranjo.
O eneagrama foi uma ideia originalmente trazida por
Gurdjieff para o Ocidente (principalmente França e Alemanha), após 20 anos de
peregrinação pelo Oriente. Mais que trazer uma visão dos tipos humanos representa
um esquema para a compreensão de todos os fenómenos envolvendo a humanidade. Em
1970, o eneagrama foi transmitido por Oscar Ichazo para um grupo de pessoas
recrutadas pelo psiquiatra Claudio Naranjo.
O eneagrama chegou ao Brasil em meados da década de oitenta
e tem ajudado as pessoas a identificar o seu tipo de personalidade e a se
trabalhar. Como é o caso de Ana Carolina Novaes de Almeida, 31, relações
públicas, que há três anos buscou o eneagrama para ampliar a visão de si mesma
e do mundo.
"Fiz o curso, descobri os nove tipos de egos e aquele
mais evidente em mim. O eneagrama mostra o que a pessoa precisa trabalhar mais.
Desde então tive mais clareza de mim mesma e fiquei mais tranquila e segura
para lidar com os problemas da vida. É uma conquista pessoal", define.
Outro que se beneficiou com o eneagrama foi James Ladeia,
48, engenheiro e professor com mestrado em ciências sociais. Ele conta que
conheceu o sistema há quatro anos. "Buscava algo para me conhecer melhor,
um contato mais profundo e mais objetivo como aquele que eu me imaginava ser e
depois como quem eu realmente sou".
Ladeia diz que o seu olhar sobre o mundo mudou. "Ficou
claro como repetimos os mesmos papéis. Ora somos vítimas, ora estamos de mau
humor, alegres. Mudar é muito difícil, mas, agora, percebo com mais clareza as
nuances do meu ego, me encaro de verdade e sem moralismos", confessa.
Luiz Mauro explica que o eneagrama "é um modelo de
funcionamento da personalidade humana que oferece uma descrição detalhada dos
mecanismos internos das pessoas e uma previsão confiável de como se comportarão
frente às situações da vida ao ajudar, de forma consistente, incrementar seus
pontos fortes e atenuar os efeitos daqueles aspectos que dificultam suas vidas
e as de outros.
Ele fornece uma efetiva ajuda aos relacionamentos
interpessoais ao mostrar que as pessoas têm diferentes percepções sobre a
realidade".
O terapeuta diz que o eneagrama mostra, de uma forma
sistematizada, que as pessoas têm pontos fracos que precisam ser conhecidos e
minimizados, bem como pontos fortes a serem incrementados.
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"Ao se autodiagnosticar como um tipo do eneagrama, o
indivíduo passa a contar, de forma sistematizada, com informações que já
conhecia sobre si mesmo e outras que não conhecia ou não queria conscientemente
conhecer".
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