“Ai do mundo por causa dos escândalos; pois é necessário que venham escândalos, mas ai do homem por quem o escândalo venha”.
As palavras do Cristo deveriam – pelo menos no coração do crente – ser um fator limitante às ações usurpadoras, corruptas e criminosas de todos que lideram pessoas e possuem, no desenvolvimento de sua atividade, o poder de influir nas vidas de muitos.
É crítica, em relação à Justiça Divina, a situação do homem que se deixa corromper. Desde o chefe de família, administrador comercial, político (este nem se fala!), autoridade legitimamente constituída. Todos nós, quando traímos, em razão dos interesses próprios, o que nos foi confiado, estamos de fato confirmando – em atos – que passamos a desacreditar da existência de Deus e da ação de sua Justiça.
Mas ainda hoje, como há dois mil anos, todas as citações do Cristo são tomadas pela maioria como simples conceitos religiosos e não propostas de vida. Religião passou a ser mera convenção social, com as exceções naturais, em que a presença do interessado é mais para angariar apoio ou privilégios.
Mudar o cenário é tarefa das mais difíceis. Nos tempos atuais da Humanidade, o mundo está caótico e o Brasil segue também na mesma trilha, infelizmente para todos nós brasileiros.
Que desordem e falta de progresso! Onde estão nossas lideranças? Que exemplos péssimos têm prestado a todos nós, de uma forma geral, aqueles que deveriam nos conduzir. Para onde estamos indo?
Com muita ênfase, acredito que somente a ação conjunta, ordenada e de forma constante das pessoas, das individualidades, é que poderá transformar este cenário. Para isso alguns fatores serão indispensáveis.
Educação e oportunidades devem encabeçar a extensa lista. Pergunta-se: há algo que pode, a curto prazo, auxiliar a alterar esta situação? Resposta: sim.
É a Fraternidade. Emmanuel, mentor do médium Francisco Cândido Xavier, diz: “A fraternidade não se decreta em lei. Se ela não estiver no coração do homem, o egoísmo aí sempre imperará.”
Fraternidade é um dever que cada criatura humana desenvolve em relação à outra. Que ela não seja somente um convencionalismo religioso a mais no coração humano.
Ser fraterno é deixar de ser construtor de “muralhas e portões”, tão ao gosto do homem convencional da atualidade, e passar a ser “estrada e ponte”.
Felizmente, isso só depende de nós. O que você fez de bem para o próximo ontem? Pretende fazer algo hoje?
Robson Frederico Cunha é professor universitário e dirigente no Grupo Espírita da Fraternidade/Casa de Assistência Fraterna, em Araçatuba. Descreve esta Face Espírita para o Blog do Consa. 2021: Centenário do Espiritismo em Araçatuba (21 de abril)
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