AGENDA CULTURAL

4.4.21

Lidar com as dificuldades - Gervásio Antônio Consolaro

 


Lidar com problemas, adaptar-se às mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, vai depender de nossa resiliência.

Nossa capacidade de  elasticidade diante dos desafios da vida. O poder de levar porrada e não reagir automaticamente. Não seja impulsivo em suas relações, por que isso pode acabar com você. Você perde muita energia com essa brincadeira de passa ou repassa, bateu-levou.

Toda estrutura quando é abalada, se não tiver dilatação e elasticidade, pode vir a ruir. Um exemplo prático é a Torre Eifel, idealizada por Gustave Eiffel. Essa torre foi desenvolvida para durar apenas 20 anos, mas já tem 132 anos. Durante o período do calor, ela aumenta em até 15 cm seu tamanho devido a dilatação do ferro. Ela contém em sua programação uma pequena folga, para que nos dias quentes a dilatação ocorra sem nenhuma resistência. A Torre Eiffel, com 324 metros de altura, consegue se adaptar às novas temperaturas, e você? Resiste às mudanças ou se adapta a elas?

Temos que ter o poder da flexibilidade e da elasticidade. Sempre que alguém te atacar ou te provocar, deixe o outro falar, soltar todo o armamento que ele tem, através da fala. Fique em silêncio e observe o tiro no pé que ele mesmo está dando. Veja a intenção do acusador fala com você. Ser resiliente é aguentar pressão. E para isso é necessário força mental.

Não dependa das pessoas. Os resilientes aprendem a todo momento, ele sempre se multiplica e não se deixa levar pelas situações momentâneas.

Entenda que quando alguém de magoa, e te irrita, não é culpa do outro. As pessoas te irritam porque sabem que você é irritável. Você pode melhorar isso, você precisa ser transformado completamente.

Toda estrutura que é rígida vai se quebrar ao meio. A resiliência é para não deformar, para se adaptar ao movimento e por isso é flexível.

Como ser resiliente ou mais resiliente? É simples:

 Empatia – Simpatia – Altruísmo.

 Se você tiver esses três pontos, é impossível não ser resiliente, afinal, você compreenderá o outro dentro do  potencial que ele tem.

 Por fim, esclarece a dra. Lisete Barlach professora e psicóloga da USP, que a “resiliência não é tornar-se uma saco de pancada e aceitar qualquer situação como se aquilo fizesse parte, de certa maneira, do crescimento emocional e psíquico individual.  Há batalhas que não temos que enfrentar, e fazer essa escolha  não nos coloca frente a frente com o fracasso ou fraqueza. Muito pelo contrário; resiliência também é saber que temos limites e valores – e precisamos respeitá-los.  

Gervásio Antônio Consolaro, ex- delegado regional tributário do estado/SP, agente fiscal de rendas aposentado. Administrador de empresas, contador, bacharel em Direito e pós-graduação em Direito Tributário. Curso de Gestão Pública Avançada pelo Amana Key e coach pela SBC.  

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