Sorriso de Mona Lisa |
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Estamos precisando mais de dentes expostos por amor do que por ódio (arreganhados), mas dispensamos o sorriso falso do marqueteiro.
Imagino quanto Hilson Barbosa da Silva, de Turiúba-SP, sofreu com seu sorriso automático. Não havia jeito de guardar aquele sorriso especial para sua amada. Ria em qualquer hora e em lugares mais impróprios.
Ele correu para todos os lados por quase uma década, foi encontrar a solução para seu problema na saúde pública, com um médico que consulta no AME (ambulatório médico de especialidades) de Araçatuba, que encaminhou Hilson Barbosa da Silva para o Hospital Neurológico Ritinha Prates que se tornou um hospital do Sistema Único de Saúde, também para o tratamento com toxina botulínica.
Permita-me caro leitor, falar desse hospital, pois as boas iniciativas precisam ser elogiadas. Ele era uma simples associação, se tornando num hospital, mas continua a atender a seus excepcionais internados, que exigem cuidados de longa permanência.
Em 1977, quando foi fundada a Associação de Amparo do ExcepcionalRitinha Prates, poucas pessoas imaginavam que a entidade ganharia tal importância. Com a implantação do SUS, foi se inserindo no sistema. Seus dirigentes tiveram coragem de encarar as novas tarefas e modernizar a sua administração.
O hospital retirou o sorriso permanente de Hilson Barbosa da Silva, porém muitas pessoas sorriem ao entregar ao mensageiro da Ritinha Prates a sua contribuição mensal.
Sorrir demais é leviandade, que o diga o sorridente de Turiúba-SP.
Um comentário:
Já tive crise de riso de chorar, parecia que baixou algum espírito, não conseguia parar o jeito foi retirar.O motivo não lembro apenas engraçado.Aconteceu umas três vezes, é horrível fiquei querendo encontrar uma explicação.Isso também é pagar mico.Imagina as pessoas já de cara séria e a pessoa sem domínio...
Não é leviandade.
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