AGENDA CULTURAL

6.12.21

Manhã literária em Buritama

 Foto do Diário da Região - Rio Preto
Aguinaldo Gonçalves à frente de seu quadro em sua sua no Centro Cultural Graciliano Ramos, Buritama-SP 

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

O conto de "O trem de Maguari: apólogo brasileiro sem véu de alegoria", de Alcântara Machado, teve uma releitura no sábado de manhã, 04/12/2021, no Centro Cultural Graciliano Ramos, município de Buritama, quando o professor da Unesp de Rio Preto, aposentado, e também escritor Aguinaldo Gonçalves convidou os amigos para um reencontro em sua cidade natal que o trata muito bem e reconhece o seu valor.  

                                                                                    Foto de Antônio Luceni
Auditório repleto 

Aos 71 anos, Gonçalves doou o seu acervo de livros e pinturas para o Centro Cultural "Graciliano Ramos", de Buritama. O local abriga uma pinacoteca de quadros de Aguinaldo e sua biblioteca, já que não precisa mais dela.

Aguinaldo Gonçalves não desistiu da vida, ainda quer compartilhar o seu saber. Voltou a morar em Buritama. E doou o que lhe era mais caro, seus livros e seus quadros, como se estivesse fazendo uma doação de seus órgãos.

Durante a palestra, sabendo que o professor e escritor está com dificuldades visuais, não conseguindo mais ler, me lembrei do conto de Alcântara Machado. 

A narrativa paulistana põe a presença de um cego flautista num trem de magarefes que voltam do serviço. Quando o seu guia informa que não há luz no comboio e ninguém contesta, se revolta tanto que promove um quebra-quebra. Um cego dava luz àquelas consciências anestesiadas de que havia um desrespeito com a ausência de luz física. 

                                                             Foto de Tânia Damazo

Caravana de Araçatuba: Hélio Consolaro, Tito Damazo, Carlos Brefore e Antônio Luceni - todos membros da Academia Araçatubense de Letras 


Na manhã de sábado, em Buritama, a história de Alcântara Machado se repetia, pois estávamos bebendo literatura (letra, escrita, leitura - tudo visual) da experiência acumulada por Aguinaldo, mas que agora precisava de um guia para andar. Não houve a revolta de Maguari, foi uma manhã prazerosa.

O trem de Araçatuba chegou à estação Buritama para ver e ouvir o encantador de serpentes, sem flauta, explicar a sua mestria. 

CLIQUE AQUI PARA LER A REPORTAGEM DO DIÁRIO DA REGIÃO DE RIO PRETO

2 comentários:

Professor Moisés da Silva disse...

Parabéns, professor pelo blog e também por disseminar CULTURA na região!

Professor Moisés da Silva disse...

Parabéns, professor pelo blog e também por disseminar CULTURA na região!