AGENDA CULTURAL

9.2.22

Torcida: um exemplo de tribalismo


Nos tempos do Bar do Nenê, pois ele morreu, na rua Brasil, em Araçatuba-SP, onde os palmeirenses se encontravam, era o ponto de encontro da tribo mais fanática. Não era apenas o povo pobre que não tinha Première, mas era o desejo de todos unidos comemorando a mesma coisa. Não era unidade, era mesmo uniformidade. Torcedores de outros times eram rechaçados.

E assim acontece com outras torcidas. Usando a mesma conclusão da reportagem da Folha de São Paulo: "Tudo bem. Eu não vim aqui para ver a partida. Vim apenas para estar aqui".

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O vendedor Djalma Manuel Castilho, 38, não viu o gol de Raphael Veiga. Apenas ouviu que ele tinha acontecido. Sem máscara (como todos os demais) e camisa, gritou e abraçou quem estava ao seu lado. Foi como se tudo tivesse acontecido diante dos seus olhos.
Após alguns segundos, esticou o pescoço para tentar ver o replay do chute cruzado no final do primeiro tempo. O lance que abriu o caminho para a vitória do Palmeiras.
"Que golaço, rapaz!", disse, mesmo sem ter visto com clareza a jogada. A TV estava a 20 metros de distância e havia dezenas de cabeças na frente dele.
Com a vitória por 2 a 0 sobre o Al Ahly, a equipe brasileira se classificou para a final do Mundial de Clubes. No sábado, às 13h30 (de Brasília), vai enfrentar o vencedor do confronto entre Chelsea (ING) e Al Hilal (ARS), que jogam nesta quarta-feira (9).
"Tudo bem. Eu não vim aqui para ver a partida. Vim apenas para estar aqui", completou.

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