AGENDA CULTURAL

19.5.23

Governador estrangeiro, Tarcísio Freitas, ignorou morte de Rita Lee, cantora paulista

Rita Lee escreveu no livro "Rita Lee: uma autobiografia", da editora Globo Livros, 2016, no capítulo "Profecia":  

Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão "Ovelha negra", as tvs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: "Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk". Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: "Thank you Lord, finally sedated". 

Epitáfio: Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”

Dos políticos, disse o seguinte, quando morresse: 

Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. O deputado Eduardo Suplicy (PT), pai de roqueiro, não teve medo das vaias e compareceu.  

Devido a essa profecia, que se cumpriu, poucas câmaras municipais fizeram voto de pesar diante do falecimento de Rita Lee. A vida dela era muito transparente, por isso incomodava os obscuros.

Presidente Lula (PT) decretou três dias de luto oficial, a Assembleia Legislativa de São Paulo deu voto de pesar a seu falecimento, mas o velório foi no Planetário do Ibirapuera, a pedido da cantora. Prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (PMDB) vai pôr o nome da cantora numa praça. 

Governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (PR), não registrou o falecimento da cantora em seu Twitter, nem decretou luto oficial no estado, pois ela pôs o nome de "Jair" no seu tumor maligno. Sem problemas, pois Tarcísio nunca morou em terras paulistas e se transformou em governador por questões ideológicas. Considerou mais importante o seu guru do que a paulistanidade de Rita Lee.  

Assim também procederam os governadores do Paraná (Ratinho Jr - PSD)) e de Minas Gerais (Romeu Zema - PN), mas esses não tinham obrigação, pois cada um não era governador do estado onde Rita Lee nasceu e viveu.

Na hora da morte, quando todos nós nos nivelamos, considerar questões ideológicas mais importante que a nossa conterraneidade é sinal de pequenez. Epa! Estava me esquecendo, Tarcísio Freitas não tem nada a ver com São Paulo.     

8 comentários:

Sueli disse...

Esse cara é tão odioso quanto o "coisa ruim" ídolo dele, meu Deus, quanto sentimento ruim há dentro dessas pessoas! Affff....

Anônimo disse...

Ele é grande do outro fdp

Ventura Picasso disse...

Coisa ruim com caixa alta...

Anônimo disse...

Esperamos muito de quem não tem nada pra dar!!! Segue o enterro!!

Anônimo disse...

O povo paulista tem muito que aprender.

Anônimo disse...

Ela deu uma de prever a reação das pessoas. A palavra tem poder..Não crítico ninguém...
A humildade cabe em todas situações.

Anônimo disse...

Vou printar todas as bobagens ditas aqui, tanto pelo autor do texto medíocre e pseudo sarcástico, qto as ditas pelo comentaristas. Daqui há 3 anos e sete meses veremos como estará o Estado de São Paulo, que tem um governador "eleito por ideologia" (e qual não foi?) que ousou cometer a "pequenez" de não comentar no Twitter a morte de Rita Lee nem de decretar luto oficial no estado por sua morte. Sempre admirei a artista Rita Lee. Mas tbém sempre abominei a pessoa.
Ah, não sou anônima. Sou Maria Helena Streicher Vieira, mais conhecida como Lena Streicher.

Anônimo disse...

Engraçado, comentários antagônicos não são aceitos. rs