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Hélio Consolaro
Ontem a porcada coinchava de alegria. Confesso que depois da derrota para o Sport, em Recife, fiquei com um pé atrás. Só fui ao Bar do Teixeira (ruas 15 de Novembro/Bandeirantes) , chiqueiro da porcada de Araçatuba, no segundo tempo.
Bem que eu queria levar o Consinha, mas como bom aspirante a corintiano, o moleque dormiu durante o jogo. O santo do pai dele, mesmo longe, foi mais forte. Sem problemas, prefiro que fique unido ao pai.
Lá encontrei minha tribo, toda de verde, quase todos com a camisa do Valdivia. Ter como ídolo um atleta estrangeiro no país do futebol é estranho, mas o cara merece, e os palmeirenses se acostumam.
Realmente a Ponte estava quebrada, com costela trincada e joelho torcido. Não marcou nada. A Macaca que prometia micagens mil, apenas guinchou de tristeza.
No Bar do Teixeira, havia dois televisores. O de dentro, reservado para os coroas. O de fora, na calçada da rua Bandeirantes, para a moçada. Era um grito só, como se lá fosse o estádio: é campeão.
Em vez de a porcada gritar a sua vitória, não deixou o falecido Corinthians quieto:
- Eu, eu, eu! O Corinthians se f...eu!
Assim, depois de vários anos, a porcada tomou conta da avenida Brasília. Não vi tanto pulsar, a derrota da quarta-feira esfriou o ânimo palmeirense. Este croniqueiro deixou de comprar camisa, bandeira. Havia perdido o entusiasmo. Não tem nada, não, Copa do Brasil é consolo para os times de “segunda” categoria, como os gambás.
Na verdade, eu queria de volta o meu entusiasmo de 1993, mas os tempos do Consa são outros. Quando desafiava os alunos da E.E. Prof. Genésio de Assis (molecada de 5.ª a 8.ª série). Como professor, entrava de joelhos na classe quando o Palmeiras perdia. Essas bagunças.
Cantemos, palmeirenses! Cantemos...
Salve o Palmeiras,/ O campeão dos campeões! Epa, errei! “E o Palmeiras no ardor da partida / Transformando a lealdade em padrão / Sabe sempre levar de vencido / E mostrar que de fato é campeão”.
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