Hélio Consolaro*
O fato narrado ocorreu em Santa Fé do Sul no início deste janeiro de 2018, mas isso pode acontece em qualquer cidade, basta ter idosos ao redor. E como tem. Antigamente, havia muitas crianças, agora sobram velhos e velhas. Eu sou um deles.
Idoso rima com teimoso, assim também no feminino. Tudo isso porque a idade dá excesso de confiança, e o corpo, de fraqueza. O espírito quer fazer, mas a carcaça não aguenta.
Lá em Santa Fé do Sul, conforme relato de jornal, o senhor Paulo Antônio da Silva foi limpar o telhado, tirar as folhas secas acumuladas e caiu. Da UPA, foi para o cemitério. Em quase toda família há um caso parecido.
Há outras teimosias. O bilau não funciona, toma Viagra (ou seu similar), pega uma maria-fraldão, vai para o motel, lá morre porque era hipertenso.
Não conhece, caro leitor, o termo maria-fraldão? Há maria-chuteira, que corre atrás da fama e do salário de jogador de futebol; maria-gasolina, só quer homem com carro, moto nem pensar, pois não quer levar vento no rosto.
E há também a maria-fraldão, terror da Previdência Social, que encanta um velhote, pois pensa que o seu carisma ainda não acabou, tem um filho com ele e herda a sua aposentadoria. Velho teimoso que teima em colocar para funcionar aquilo que não funciona mais.
Subir em árvore para apanhar frutas ou podá-la, subir em telhado para fazer a limpeza ou querer prorrogar a vida útil do bilau, tudo isso é trepar. E velho que trepa demais, às vezes, se estrepa.
LEIA A NOTÍCIA, CLICANDO AQUI
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário