Nada disso valeu. Tchau, belo! |
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Depois de muitas manifestações críticas nas redes sociais, o Cruzeiro se pronunciou oficialmente nesta quinta-feira (6) sobre a saída do goleiro Fábio, de 41 anos. Ídolo na história do clube celeste, o experiente jogador não chegou a um consenso com a gestão SAF, que vem promovendo reformulações no time mineiro, e se despediu de forma amarga (Torcedores.com)
Tanto os modelos associativo e empresarial
são bons, basta que estejam nas mãos de gente competente. Palmeiras, Flamengo
e Fortaleza são modelos associativos e não estão falindo. Enquanto o
Figueirense de Santa Catarina se afundou quando se tornou empresa.
Além dessa questão toda, há por trás de tudo
isso uma grande sacada filosófica. Quem comprou o Cruzeiro quer fazer tudo para
sair no lucro, e o Fábio era um estorvo (idade avançada, muita dívida para receber),
seguiram ao pé da letra a cartilha neoliberal, não levaram em conta as
subjetividades, tanto de Fábio como dos torcedores, não foram humanistas. Quem compra
empresa falida (há gente especializada nisso), não pode ter coração, não é
gente que chora fácil.
Se os dirigentes da SAF (Sociedade Anônimo de
Futebol) fossem poetas, gente de bem, pessoas filantrópicas, enfim humanistas, que
não pensassem só no lucro, o desfecho teria sido outro.
Um comentário:
Mais um texto certeiro!
Fabio era a cara do clube. Humanismo não é pra capitalista
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